Foto: Rodrigo Antunes - Lusa
Defender o ambiente e o clima nunca esteve em causa, mas se as formas de chamar à atenção se sobrepuserem mediaticamente às causas estas podem ter o efeito contrário.
Rita Figueiras, professora da Universidade Católica, admite que as ações extremas, como bloquear estradas ou vandalizar obras de arte e edifícios, podem ser confusas em relação à mensagem que os jovens pretendem transmitir à sociedade.
A investigadora avisa que, se as atenções estiverem apenas focadas nestes protestos, estas iniciativas podem ser encaradas como a única forma de defender o clima.
Para chegar às pessoas, a comunicação social é um dos alvos de grupos como o Climáximo. Mas Rita Figueiras refere que há também um outro lado e uma estratégia nas redes sociais.
A professora universitária sublinha a importância dos media para gerar debate e mostrar mais protestos, além dos mais radicais. Já na terça-feira, a coordenadora do Bloco de Esquerda, Mariana Mortágua, tinha manifestado dúvidas em relação à eficácia destes protestos extremos para a causa ambiental.