Foto: Antena 1
Em entrevista à Antena 1, a líder do CDS-PP exige a demissão imediata dos ministros da Administração Interna e da Defesa e considera que esta é de momento a ação a pôr em prática pelo primeiro-ministro, António Costa.
“Ainda estamos longe do momento de estar em causa o regular funcionamento das instituições”, sublinhou.
“Enquanto houver um primeiro-ministro com apoio parlamentar e que se relacione regularmente com o Presidente da República e com o Parlamento, eu creio que não está em causa o regular funcionamento das instituições”, sustentou a sucessora de Paulo Portas na presidência do CDS-PP.
Assunção Cristas deixa para um momento posterior o que o seu partido fará se o primeiro-ministro António Costa não satisfizer a reivindicação do partido “com todas as letras”, no sentido das demissões de Constança Urbano de Sousa e Azeredo Lopes.
Garante que nunca utilizou a expressão “regular funcionamento das instituições” na audição que teve, a seu pedido, com o Presidente Marcelo Rebelo de Sousa.
Cristas não responsabiliza o atual Governo pelo ocorrido em Pedrógão Grande, ou em Tancos, "mas o que não pode acontecer é este tipo de reação".
"E posso dizer que este Governo não tem estado à altura da gravidade das situações, porque não falou a uma só voz nem teve autoridade”.
Todos os políticos “devem refletir na forma como alocamos os nossos recursos”. É a conclusão que Assunção Cristas retira dos últimos acontecimentos.
“Como é que o Governo planeia continuar a governar nestas circunstâncias?”, pergunta a presidente do CDS, relembrando os cortes de mil milhões de euros das cativações.
Mas Cristas reconhece que “é preciso refletir” nos cortes que fazemos. Referindo-se também aos cortes do governo que integrou. Lembra a bancarrota e que “hoje temos um governo com um défice muito abaixo do que Bruxelas exige”.
Sobre o dossier das eleições autárquicas, a candidata à Câmara de Lisboa confessa que, se liderasse uma coligação com o PSD para a capital, “com certeza que se tivéssemos uma só candidatura, certamente que era mais fácil ganhar”.
Esta entrevista foi transmitida esta quinta-feira de manhã na Antena 1, e está aqui disponível na íntegra.