Associações pedem comparticipação da Segurança Social

por Agência LUSA

O presidente da Associação Portuguesa de Hipoterapia (APH), Francisco Paulo, defendeu hoje que a Segurança Social deve comparticipar os tratamentos de deficientes físicos e mentais que recorram a terapias com cavalos.

Em declarações à Agência Lusa, Francisco Paulo anunciou que estão a ser desenvolvidas diligências para que a hipoterapia deixe de ser considerada medicina paralela e obtenha equiparação à fisioterapia, que beneficia de comparticipações da Segurança Social na ordem dos 80 por cento dos custos.

Os preços e a duração das terapias assistidas com cavalos são variáveis, mas o presidente da APH disse que se pode estabelecer uma média de 30 semanas de tratamento com um total de 60 sessões a valores entre 10 e 75 euros cada aula.

"Os 75 euros por sessão são já uma exorbitância, mas há quem os pratique e nem sempre são as instituições mais fiáveis", afirmou o responsável, aconselhando a que os tratamentos sejam feitos sempre em organizações filiadas na APH.

Três a quatro mil portadores de deficiência, na maioria crianças, já terão recorrido em Portugal à terapia assistida com cavalos (hipoterapia), segundo disse à Lusa o vice-presidente da APH, José Manuel Correia.

Trata-se de um tratamento dinâmico que usa o movimento do cavalo desenvolvendo equilíbrio, postura, mobilidade, bem como a parte cognitiva, a comunicação comportamental e psicológica.

Funcionando como "pedra de um puzzle", aliada a técnicas como a fisioterapia ou a aquaterapia, a hipoterapia "resolve" problemas psicomotores simples e atenua os mais complexos, afirma José Manuel Correia, que trabalha em terapias assistidas com cavalos há mais de duas décadas.

Segundo disse, conseguem-se melhorias significativas para pessoas com deficiências físicas, mentais, problemas de hiperactividade e agressividade, de visão, de comportamento, dificuldades de concentração ou equilíbrio e mesmo obsesidade.

Nalgumas circunstâncias, recorre-se à atrelagem, técnica em que o paciente não é colocado no dorso do cavalo, acompanhado do monitor, mas numa charrete puxada pelo animal.

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