Associação dos Ucranianos em Portugal não quer militares russos em provas desportivas

por Antena 1

O judoca russo Inal Tasoev, a competir sob bandeira neutra, conquistou o ouro em +100kg na terceira edição do Grand Prix de Portugal, disputado em Odivelas | Foto: Gabriela Sabau, Tamara Kulumbegashvili - IJF

A Associação dos Ucranianos em Portugal contesta a participação de atletas militares russos em provas desportivas internacionais. O presidente da estrutura, Pavlo Sadokha, dá o exemplo do Grand Prix de Judo, que decorreu há poucos dias em Odivelas, no qual terão participado militares das Forças Armadas da Rússia, nomeadamente Inal Tasoev.

O protesto é formalizado através de uma carta, entregue esta quarta-feira, na Secretaria de Estado da Juventude e do Desporto, em Lisboa, a apelar à proibição da presença desses atletas em competições realizadas em Portugal.

A Associação dos Ucranianos em Portugal diz que algo correu mal na investigação feita a estes atletas, em particular a Inal Tasoev - medalha de ouro na categoria de mais de 100 kg – que, acredita a associação, é militar russo. E pede por esta razão um maior controlo. Desde o início da guerra na Ucrânia, os russos, diz a associação, já mataram cerca de 420 atletas ucranianos e destruíram diversas infraestruturas desportivas no país.

A Federação Portuguesa de Judo, contactada pela Antena 1, remete para a Federação Internacional e diz que todo o processo seguiu os trâmites normais.

A FPJ refere ainda que já facultou todos os documentos à embaixada da Ucrânia e diz que a existência de fotografias do atleta não chega para provar o que quer que seja.


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