Arranca o ano letivo. Cerca de 60 mil alunos com pelo menos um professor em falta
Até sexta-feira, voltam às escolas, um milhão e 300 mil alunos entre o primeiro e o décimo segundo ano do ensino público. Pela primeira vez em dois anos, o regresso às aulas é feito sem restrições impostas pela pandemia.
Mais de metade dos horários por preencher são nos distritos de Lisboa e Setúbal. Concentram 59 por cento dos professores em falta.
São dados do Sistema Interativo de Gestão de Recursos Humanos da Educação revelam que outros 9 por cento dizem respeito a Faro.
O ministro da educação faz um balanço positivo do início do ano letivo, ainda que admita que não começa como desejaria.
E atribuiu essa melhoria a um conjunto de medidas recentes, com a possibilidade de os diretores recorrerem logo à contratação de escola sem passar pelas reservas de recrutamento na ausência de docentes disponíveis para preencher os horários ainda por ocupar, a renovação dos contratos anuais em horários completos e incompletos ou a redução das mobilidades estatutárias.
Outra das novidades na preparação do novo ano letivo foi a possibilidade de as escolas completarem os horários quando não houvesse candidatos, tornando-os mais atrativos, e a revisão das habilitações próprias, com novos requisitos que passaram a incluir os cursos pós-Bolonha, permitindo que docentes não profissionalizados possam ser contratados pelas escolas desde que tenham uma formação mínima na área da respetiva disciplina.
Nas escolas públicas, desde o pré-escolar até ao ensino secundário, há este ano cerca de 150 mil educadores de infância e professores.
O regresso faz-se este ano sem restrições devido à covid-19, depois de três anos com regras rígidas que implicavam uso de máscara, corredores de circulação, higienização frequente das mãos e convívio limitado com os colegas.