Miguel Reis renunciou esta quinta-feira ao mandato de presidente da Câmara Municipal de Espinho. O autarca é um dos detidos na Operação Vórtex, que investiga a alegada prática dos crimes de corrupção ativa e passiva, prevaricação, abuso de poderes e tráfico de influências.
"Uma renúncia que se estende às funções que exercia nos diferentes níveis de organização do Partido Socialista".
O socialista Miguel Reis foi detido na terça-feira, com outros quatro suspeitos, no âmbito da Operação Vórtex, devido a acusações de corrupção envolvendo interesses imobiliários. Arquiteto, professor e investigador, o autarca do distrito de Aveiro foi eleito para o cargo nas autárquicas de 2021, com 40,23 por cento dos votos, e renunciou agora também às funções de presidente da comissão política do PS de Espinho, para o qual foi reeleito em outubro de 2022.
O agora ex-autarca garante ter tomado a decisão "de consciência absolutamente tranquila".
"Reitero, de forma inequívoca, a minha inocência perante as acusações que me são imputadas e repudiando, de forma veemente, as informações e acusações falsas e sem a mínima correspondência com a realidade que foram sendo avançadas nos últimos dias, com particular repulsa pela manchete que hoje mesmo foi publicada por um órgão de comunicação social".
Miguel Reis espera, com esta renúncia, "resguardar" a família "dos efeitos nocivos da exposição mediática" associada ao caso, focar-se na sua "plena defesa" e também "salvaguardar o normal funcionamento da instituição `Câmara Municipal de Espinho`".
"Reitero, de forma inequívoca, a minha inocência perante as acusações que me são imputadas e repudiando, de forma veemente, as informações e acusações falsas e sem a mínima correspondência com a realidade que foram sendo avançadas nos últimos dias, com particular repulsa pela manchete que hoje mesmo foi publicada por um órgão de comunicação social".
Miguel Reis espera, com esta renúncia, "resguardar" a família "dos efeitos nocivos da exposição mediática" associada ao caso, focar-se na sua "plena defesa" e também "salvaguardar o normal funcionamento da instituição `Câmara Municipal de Espinho`".
"Sempre encarei o exercício de funções autárquicas e a participação na vida política como um ato desinteressado de cidadania ativa. Aliás, repetidamente defendi não ser presidente de câmara e apenas estar como presidente de câmara, encarando esta função com espírito de missão e como um mero lugar de passagem", escreveu ainda na nota enviada à comunicação social.
"Sempre mantive uma voz ativa em defesa de Espinho e dos espinhenses, alertando, antes e depois de exercer funções autárquicas e em diferentes momentos e fóruns, para alguns dos factos e práticas que agora constituem a base e a essência desta investigação - e que não incidem em atos praticados por mim ou durante a vigência do meu mandato".
Fonte da Câmara de Espinho diz que será agora iniciado o processo de sucessão, que deverá confiar a liderança da autarquia a Álvaro Monteiro, atual vice-presidente da mesma e antigo presidente do conselho de administração do Centro Hospitalar de Gaia e Espinho.
"Sempre mantive uma voz ativa em defesa de Espinho e dos espinhenses, alertando, antes e depois de exercer funções autárquicas e em diferentes momentos e fóruns, para alguns dos factos e práticas que agora constituem a base e a essência desta investigação - e que não incidem em atos praticados por mim ou durante a vigência do meu mandato".
Fonte da Câmara de Espinho diz que será agora iniciado o processo de sucessão, que deverá confiar a liderança da autarquia a Álvaro Monteiro, atual vice-presidente da mesma e antigo presidente do conselho de administração do Centro Hospitalar de Gaia e Espinho.
Miguel Reis e os outros arguidos vão ser interrogados pelo juiz de instrução, no Porto, ainda esta quinta-feira.
c/ Lusa