Apreensões de haxixe foram as que mais aumentaram em 2008

por © 2009 LUSA - Agência de Notícias de Portugal, S.A.

Lisboa, 26 Mar (Lusa) - Haxixe foi a droga cujas apreensões cresceram mais em 2008, com mais de 61 toneladas detectadas, um aumento de 37,23 por cento em relação a 2007, segundo os dados do Relatório Anual da Segurança Interna hoje divulgados.

Foram apreendidas no ano passado 61,2 toneladas de haxixe, a maior parte das quais pela Polícia Judiciária.

As apreensões de heroína também aumentaram 9,7 por cento em 2008 face ao ano anterior, com 67,7 toneladas apreendidas, a maior parte de origem e destino desconhecidos. O destino e origem da droga só foi possível apurar relativamente a cerca de dois quilos apreendidos, a maior parte proveniente de Espanha.

Quanto à cocaína, em 2008 o número de apreensões baixou 33,8 por cento, de 7,3 toneladas para 4,8 toneladas. Destas, cerca de tonelada e meia veio da Venezuela e destinava-se a Portugal. No entanto, Espanha, Reino Unido, Holanda e até África do Sul são outros destinos da droga apreendida em território nacional o ano passado.

O número de apreensões de pastilhas de ecstasy teve uma queda: de 70.591 pastilhas em 2007 para 70.476 no ano passado.

O número de apreensões cresceu em todos os tipos de droga, menos no caso do ecstasy, em que caiu 17 por cento.

A maior parte da heroína, tal como a cocaína, entrou por via terrestre e aérea, o haxixe por via terrestre e marítima e o ecstasy por via terrestre.

No âmbito das operações de combate à droga, as polícias portuguesas apreenderam 642 viaturas (a maior parte ligeiros), 16 embarcações, 222 armas, mais de três mil telemóveis e cerca de 1,8 milhões de euros.

Em 2008 foram detidos 3.152 portugueses relacionadas com o tráfico de droga, um aumento de 0,38 por cento em relação ao ano anterior. No entanto, caíram as detenções de estrangeiros: 778 em 2008 contra 821 em 2007, um decréscimo de 5,53 por cento.

A maior parte dos detidos foi apanhada pelas autoridades em operações de tráfico de haxixe, seguindo-se a cocaína e a heroína.

O relatório, apresentado no Ministério da Administração Interna, salienta que Portugal continua a ser um "apetecível ponto de entrada e essencialmente de trânsito de estupefaciente particularmente para a Europa".

 

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