O socialista António Costa ganhou as eleições intercalares para a Câmara Municipal de Lisboa (CML), mas sem maioria absoluta, garantindo seis dos 17 mandatos em jogo, correspondentes a 29,54 por cento dos votos.
Num sufrágio marcado pela forte abstenção, o independente Carmona Rodrigues, ex-presidente da CML, então apoiado pelo Partido Social Democrata, garantiu três lugares na vereação, com 16,70 por cento, suplantando mesmo a candidatura social-democrata, encabeçada por Fernando Negrão, que se ficou pelos 15,74, embora elegendo também três vereadores.
A outra independente entre as 12 listas candidatas, a ex-socialista Helena Roseta, conseguiu dois mandatos, com 10,21 por cento, à frente da Coligação Democrática Unitária, liderada por Ruben de Carvalho e agregando o Partido Comunista Português e o Partido Ecologista "Os Verdes", que obteve 9,53 por cento e também dois postos na vereação.
No sexto lugar, conseguindo a reeleição para o lugar de vereador, surge José Sá Fernandes, do Bloco de Esquerda, com 6,81 por cento, enquanto o democrata-cristão Telmo Correia falhou a eleição, ficando-se pelos 3,70 por cento, seguido pelo cabeça-de-lista do PCTP/MRPP, Garcia Pereira, que atingiu 1,59.
As restantes listas, do Partido Nacional Renovador (0,77), do Partido Nova Democracia (0,61), do Movimento Partido da Terra (0,54) e do Partido Popular Monárquico (0,38), ficaram abaixo de um por cento de votos, enquanto os votos em branco ascenderam aos 2,31 por cento e os nulos cifraram-se em 1,53.
As eleições foram convocadas na sequência da "queda" do executivo municipal de Carmona Rodrigues, após o ex-edil lisboeta ter sido constituído arguido no denominado caso Bragaparques.