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AM de Lisboa quer que câmara peça ao Governo reforço do policiamento em Alvalade

por Lusa

A Assembleia Municipal de Lisboa recomendou hoje à câmara que diligencie junto do Governo para reforçar o policiamento de proximidade na freguesia de Alvalade, em resposta a uma petição de moradores que se queixam de "uma onda de insegurança".

A petição "Alvalade é tranquilidade, por uma freguesia mais segura", foi apresentada em julho de 2022, com 433 subscritores, e alerta para "um conjunto de assaltos inexplicáveis e inadmissíveis, decorridos em plena luz do dia", exigindo o reforço da segurança e "a mobilização de um agente policial permanente para a Praça de Alvalade e/ou que possa patrulhar a Avenida da Igreja, Rua Luís Augusto Palmeirim, Avenida do Rio de Janeiro e respetivas transversais".

No âmbito da apreciação da proposta na assembleia municipal, os deputados aprovaram, por unanimidade, recomendar à câmara que "diligencie junto do Governo no sentido de reforçar o policiamento de proximidade na freguesia de Alvalade", que proceda à melhoria da iluminação pública e à melhoria da adequação dos espaços públicos, e que informe sobre a evolução do processo de implementação das medidas de segurança preconizadas nesta petição.

Sem unanimidade, mas com o voto a favor da maioria, foi decidido recomendar ao executivo municipal, sob a presidência de Carlos Moedas (PSD), que "seja equacionada a instalação de videovigilância em determinadas zonas da freguesia quando tal resulte de um pedido da população assegurando o envolvimento dos órgãos da freguesia".

Essa recomendação foi aprovada com os votos contra de BE, Livre, PEV, PCP e deputado Miguel Graça (do Cidadãos Por Lisboa - CPL, eleito pela coligação PS/Livre) e os votos a favor do deputado António Avelãs (em substituição de Daniela Serralha, do CPL), PS, PSD, PAN, Iniciativa Liberal (IL), MPT, PPM, Aliança, CDS-PP e Chega.

A assembleia apreciou ainda uma petição pela construção de um centro intergeracional com residências para idosos e creches no antigo Convento da Boa Hora, na freguesia da Ajuda.

Em sede de uma anterior audição com os deputados, a vereadora dos Direitos Humanos e Sociais, Sofia Athayde (CDS-PP), reconheceu "a importância e a necessidade urgente de mais respostas sociais na freguesia da Ajuda" e informou que "o custo de construção de um centro intergeracional se situa acima dos 20 milhões de euros, pelo que considera insustentável esta obra", segundo o relatório apresentado.

Por unanimidade, os deputados aprovaram recomendar à câmara que "concretize a criação de um centro intergeracional na freguesia da Ajuda, tal como foi prometido aos cidadãos, e informe anualmente a Assembleia Municipal de Lisboa sobre as diligências efetuadas com vista à sua materialização".

Outra das recomendações é para que o executivo camarário "exorte o Ministério da Defesa, entidade detentora do Convento da Boa Hora, classificado em 2013 como Monumento de Interesse Público, a proceder aos trabalhos de conservação necessários e urgentes para a salvaguarda deste património representativo da arquitetura religiosa do século XVIII, para ser colocado ao serviço da cidade e dos visitantes".

Nesta reunião, a assembleia viabilizou também uma proposta da câmara para a desvinculação do município de Lisboa da Associação IMPACTS Europe, com a abstenção de BE, Livre, os dois deputados do CPL, PS e PAN e os votos a favor de PEV, PCP, PSD, IL, MPT, Aliança, CDS-PP e Chega.

Com a abstenção de PCP e os votos a favor dos restantes, foi aprovado um voto de saudação do CDS-PP pela distinção da Câmara Municipal de Lisboa com a Bandeira de Políticas Amigas das Famílias.

Os deputados decidiram ainda, por unanimidade, viabilizar dois votos de saudação do PEV e do PSD relativos ao papel da Proteção Civil e um do PEV sobre as equipas feminina e masculina de atletismo do Sporting Clube de Portugal.

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