Almeida Santos pede que candidatos debatam problema do país

por Agência LUSA

O ex-presidente da Assembleia da República Almeida Santos apelou hoje aos candidatos presidenciais que discutam os problemas do país em vez de andarem a falar sobre os poderes do Chefe de Estado.

Em declarações à agência Lusa, Almeida Santos, que se encontra em Macau a participar no Congresso da Associação Portuguesa de Imprensa, sustentou que os cinco principais candidatos deveriam "estar a discutir os problemas de Portugal, da Europa e do Mundo" em vez de andarem a trocar opiniões sobre o que são e devem ser os poderes da primeira figura da República.

Almeida Santos, que continua "amigo" de Soares e Manuel Alegre, disse também acreditar que "na hora de votar" os socialistas vão escolher o candidato apoiado pelo partido em detrimento de deputado e poeta, que avançou com a candidatura sem o apoio oficial dos socialistas.

O ex-presidente do Parlamento defendeu ainda que Portugal "não deve dispensar" o capital político e de conhecimento de Mário Soares.

"Alegre é um excelente poeta e parlamentar, mas Mário Soares é o maior europeu vivo e não podemos desperdiçar o seu capital de conhecimento reforçado pelo facto de já ter sido presidente por dois mandatos", disse.

Para Almeida Santos, que já recusou candidatar-se a Belém, a escolha de Mário Soares pelo povo "não é um risco nem uma incógnita".

Seis anos depois de ter estado em Macau pela última vez - nas comemorações locais do 10 de Junho em 1999 mas não na cerimónia de transição de poderes para a China - o ex-presidente da Assembleia da República nota as diferenças e defende que Macau é um "exemplo" de progresso e desenvolvimento e Edmund Ho um "grande líder" político como "hoje há poucos".

As diferenças entre o Macau de 1999 e de 2005 são, sustenta Almeida Santos, "abissais".

"Nota-se um progresso e desenvolvimento fabulosos e, embora muitas coisas já estivessem em projecto, hoje estão concretizadas e têm como base de progresso e desenvolvimento a actuação de Edmund Ho que é um líder político como hoje há poucos", afirmou.

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