Alívio de restrições "quando atingirmos linha de base mais estável", adianta Graça Freitas
Foto: Pedro A. Pina - RTP
A diretora-geral da Saúde diz que a introdução de medidas de uma "nova fase" depende da velocidade com que for atingida a linha de base mais estável da covid-19 e não já, quando ainda temos 50 mil casos diários e a doença ainda está muito ativa. Em entrevista à RTP, Graça Freitas admite uma "fase de transição ainda com muitas incertezas" para uma situação mais "endémica". Em perspetiva pode estar a redução do período de isolamento ou o uso "sazonal" da máscara.
Entre as medidas que estão a ser equacionadas, está a forma como será abordado o isolamento de casos positivos ou de contactos com uma pessoa infetada.
Quanto aos doentes, poderá haver uma redução do tempo de isolamento, por exemplo para cinco dias, mas Graça Freitas admite que pode haver uma perspetiva “conservadora” no que toca aos doentes.
De qualquer forma, salienta que, mesmo agora, enquanto as pessoas tiverem sintomas não devem voltar ao trabalho.
No que toca ao isolamento profilático de quem contactou com um caso positivo, Graça Freitas admite que pode acabar, dependendo da perspetiva que se vier a assumir: ou de travar cadeias ou de colocar o foco no tratamento dos doentes.
No entanto, adianta que todos estes cenários estão em avaliação e não avançou datas para a sua introdução.
Depois desta quinta vaga de covid-19 em Portugal e entrando num período de estabilidade e de baixa intensidade de atividade, haverá “surtos” ou “picos”, refere Graça Freitas, dando como exemplo o que pode acontecer se aparecerem novas variantes. Esses momentos podem ser sinónimo de introdução de novas medidas como as relativas a máscaras e testagem.
Apelo à vacinação de crianças
O próximo fim de semana será dedicado à vacinação de crianças dos 5 aos 11 anos. Entre estas estão cerca de 60 mil que vão tomar a segunda dose da vacina, que serão menos do que as que tomaram a primeira dose, já que algumas ficaram infetadas e não podem ser agora vacinadas.