ADSE. Mais de meio milhão de despesas por tratar e atrasos em reembolsos
As queixas no Portal da Queixa são cada vez maiores e pede-se que sejam contratados pelo menos mais 70 trabalhadores para que o sistema trabalhe de forma normal. De acordo com o jornal Público desta terça-feira, são 650 mil os documentos de despesas que estão por tratar, o que leva a um atraso no pagamento de reembolsos.
Os atrasos que eram de 60 dias agravaram-se para os 90 dias e podem chegar a estar pendentes por seis, sete meses. A ADSE tem mais de meio milhão de despesas por tratar e muitas outras por digitalizar o que está a atrasar os reembolsos aos utentes.
Eugénio Rosa, membro do Conselho Diretivo da ADSE, afirmou que o problema está a estrangular o sistema público de saúde e que o Governo está a tentar transformar o mesmo “numa associação mutualista”.
De acordo com o economista o problema não é novo mas tem tendência para se agravar devido à falta de pessoal no setor. Eugénio Rosa denunciou que faltam pelo menos 70 trabalhadores para levar o sistema a trabalhar com normalidade.
Uma situação que o membro do Conselho Diretivo diz estar a causar enorme insatisfação entre utentes e a levar a ADSE a ficar numa posição fragilizada perante os grandes grupos de saúde do país.
Em declarações ao jornal Público, Eugénio Rosa esclarece que este problema é responsabilidade do Governo e dos seus representantes no Conselho Diretivo. O economista explicou que foram pedidos concursos externos para contratar os empregados que faltam há cerca de ano e meio mas que nada foi feito até abril deste ano.
O membro do Conselho Diretivo avisou que o sistema não tem capacidade para realizar avaliações de mais de 20 mil candidatos e o ministério das Finanças tem recusado aprovar um orçamento para a contratação destes trabalhadores.
A tutela da ADSE encontra-se por esta altura nas mãos de Alexandra Leitão, ministra da Modernização do Estado e da Administração Pública, e Eugénio Rosa mostra preocupação pelas declarações da ministra que apresenta a transformação do sistema numa associação mutualista como o caminho a seguir.
“A ADSE movimenta anualmente mais de 680 milhões de euros por ano e sem a proteção do Estado, rapidamente seria capturada por estes grupos [privados de saúde], que criaram as condições para transformar o subsistema num seguro de saúde igual aos muitos que existem com plafonds na despesa e com copagamentos elevados”.
O membro do Conselho Diretivo da ADSE, Eugénio Rosa revelou também que com os atrasos que se têm registado, está previsto que o pagamento aos beneficiários aumente no primeiro trimestre do próximo ano devido aos atrasos na aprovação do Orçamento do Estado para 2020.
Eugénio Rosa, membro do Conselho Diretivo da ADSE, afirmou que o problema está a estrangular o sistema público de saúde e que o Governo está a tentar transformar o mesmo “numa associação mutualista”.
De acordo com o economista o problema não é novo mas tem tendência para se agravar devido à falta de pessoal no setor. Eugénio Rosa denunciou que faltam pelo menos 70 trabalhadores para levar o sistema a trabalhar com normalidade.
Uma situação que o membro do Conselho Diretivo diz estar a causar enorme insatisfação entre utentes e a levar a ADSE a ficar numa posição fragilizada perante os grandes grupos de saúde do país.
Em declarações ao jornal Público, Eugénio Rosa esclarece que este problema é responsabilidade do Governo e dos seus representantes no Conselho Diretivo. O economista explicou que foram pedidos concursos externos para contratar os empregados que faltam há cerca de ano e meio mas que nada foi feito até abril deste ano.
O membro do Conselho Diretivo avisou que o sistema não tem capacidade para realizar avaliações de mais de 20 mil candidatos e o ministério das Finanças tem recusado aprovar um orçamento para a contratação destes trabalhadores.
A tutela da ADSE encontra-se por esta altura nas mãos de Alexandra Leitão, ministra da Modernização do Estado e da Administração Pública, e Eugénio Rosa mostra preocupação pelas declarações da ministra que apresenta a transformação do sistema numa associação mutualista como o caminho a seguir.
“A ADSE movimenta anualmente mais de 680 milhões de euros por ano e sem a proteção do Estado, rapidamente seria capturada por estes grupos [privados de saúde], que criaram as condições para transformar o subsistema num seguro de saúde igual aos muitos que existem com plafonds na despesa e com copagamentos elevados”.
O membro do Conselho Diretivo da ADSE, Eugénio Rosa revelou também que com os atrasos que se têm registado, está previsto que o pagamento aos beneficiários aumente no primeiro trimestre do próximo ano devido aos atrasos na aprovação do Orçamento do Estado para 2020.
Para o economista este é um problema que “estrangula e destrói o subsistema de saúde dos funcionários públicos”.
Alterações para maior eficiência
Em esclarecimento enviado à RTP, o Gabinete da ministra da Modernização do Estado e da Administraçã Pública explicou que a estão a criadas formas de melhorar o processamente de reembolsos.
"A proposta de Lei do Orçamento do Estado para 2020 inclui um conjunto de alterações que, juntamente com a entrada em produção do sistema de verificação das faturas submetidas na ADSE no e-fatura, irão melhorar significativamente o processamento de reembolsos e acelerar todo o processo".
De acordo com o Gabinete, "estas alterações vão permitir a desmaterialização da entrega dos pedidos de reembolso tanto pelos beneficiários, como pelas entidades empregadoras, sendo que estes pedidos podem também ser submetidos através das Lojas e Espaços Cidadão e das Lojas ADSE, nos casos em que os beneficiários não tenham a disponibilidade ou a destreza digital de usarem autonomamente a referida plataforma".
Foi ainda explicado que a desmaterialização do pedido de reembolso "permitirá reduzir substancialmente o respetivo tempo de processamento e pagamento aos beneficiários".
"A proposta de Lei do Orçamento do Estado para 2020 inclui um conjunto de alterações que, juntamente com a entrada em produção do sistema de verificação das faturas submetidas na ADSE no e-fatura, irão melhorar significativamente o processamento de reembolsos e acelerar todo o processo".
De acordo com o Gabinete, "estas alterações vão permitir a desmaterialização da entrega dos pedidos de reembolso tanto pelos beneficiários, como pelas entidades empregadoras, sendo que estes pedidos podem também ser submetidos através das Lojas e Espaços Cidadão e das Lojas ADSE, nos casos em que os beneficiários não tenham a disponibilidade ou a destreza digital de usarem autonomamente a referida plataforma".
Foi ainda explicado que a desmaterialização do pedido de reembolso "permitirá reduzir substancialmente o respetivo tempo de processamento e pagamento aos beneficiários".