O presidente do Sindicato dos Técnicos de Emergência Pré-Hospitalar considera que o acordo alcançado com o Governo vai permitir "atrair mais técnicos" para o INEM e "melhorar a própria resposta" que esta estrutura "tem dado aos cidadãos".
"Mas sobretudo porque esta valorização vai permitir, por um lado, ficar os atuais técnicos do INEM, uma vez que permanecem agora numa carreira atrativa e mais valorizada financeiramente, mas também permite atrair mais técnicos para o INEM, o que vai permitir melhorar a própria resposta que o INEM tem dado aos cidadãos", completou Rui Lázaro.O dirigente sindical mostrou-se convicto de que o Instituto Nacional de Emergência Médica poderá agora entrar numa fase de pacificação interna e estabilização profissional.
"A resposta que tem sido dada no último mês, desde que terminámos a greve, tem sido baseada sobretudo numa maior disponibilidade através de horas extraordinárias", apontou Rui Lázaro.
"Esta valorização vai permitir contratar mais técnicos, desde já os 200 que estão em concurso, mas também os 200 do concurso já anunciado, o que vai permitir, a partir daqui, ao INEM dar uma resposta mais eficaz sem estar tão dependente de um número tão elevado de horas extraordinárias dos técnicos do INEM", insistiu.
O sindicalista observou ainda que o despacho do Governo que "retirou o limite de horas extraordinárias no INEM" permitiu "melhorar a resposta que tem sido dada, praticamente sem chamadas em espera nas centrais de emergência".
Os técnicos, continuou o responsável, "têm conseguido manter o tempo de resposta no CODU praticamente abaixo dos cinco segundos, o que é histórico": "Nem antes de termos começado a greve conseguimos atingir estes números".
Questionado sobre o facto de a última ronda negocial com o Governo ter durado sete horas, Rui Lázaro admitiu que "foi uma reunião muito difícil".