O acidente com um autocarro turístico ocorrido hoje no Caniço, no concelho de Santa Cruz, provocou 28 mortos confirmados. Há ainda registo de 28 feridos.
De acordo com o presidente do município, Filipe Sousa, que pelas 19:30 estava no local do acidente, há 28 mortos confirmados, dos quais 11 homens e 17 mulheres. As vítimas têm entre 40 e 50 anos.
A informação foi entretanto confirmada pelo vice-presidente do Governo regional da Madeira, Pedro Calado. Em conferência de imprensa depois das 21h00, o governo regional e Proteção Civil informaram que a viatura acidentada era relativamente nova - cinco anos - e que estava inspecionada.
Grande parte dos turistas que viajavam no autocarro tinham nacionalidade alemã. Para além das vítimas mortais, há ainda registo de 28 feridos, que foram encaminhados para o hospital do Funchal.
De acordo com o vice-presidente do governo regional é ainda "prematuro" falar sobre os motivos que levaram ao acidente, sabendo-se apenas que o autocarro tinha feito um pequeno percurso antes do acidente.
No socorro às vítimas estiveram 44 operacionais apoiados por 19 viaturas, segundo informou a Proteção Civil.
As famílias e conhecidos que seguiam num segundo autocarro já estão a receber apoio psicológico.
"A todas as famílias envolvidas transmito, em nome do governo português, as mais sentidas condolências", acrescenta António Costa.
"Quero também enviar uma palavra de consternação e apoio aos Madeirenses. Também já tive a oportunidade de transmitir o voto de pesar à chanceler Angela Merkel, nesta hora difíci", disse o primeiro-ministro português.
Quero também enviar uma palavra de consternação e apoio aos Madeirenses.
— António Costa (@antoniocostapm) 17 de abril de 2019
Também já tive a oportunidade de transmitir o voto de pesar à chanceler Angela Merkel, nesta hora difícil.
Ireneu Cabral Barreto, representante da República para a Região Autónoma da Madeira, enviou condolências a famílias e ao embaixador alemão.
Numa nota, a representante "lamenta profundamente o grave acidente de viação ocorrido hoje pelas 18h30" e transmite "sinceras condolências aos familiares das vítimas e ao senhor embaixador da República Federal da Alemanha em Portugal".
No Twitter da conta oficial do gabinete do MNE, são apresentadas as "sentidas condolências depois deste acidente".
Lamentamos profundamente o terrível acidente que hoje ceifou vidas na Região Autónoma da Madeira. Apresentamos sentidas condolências às famílias atingidas e ao Povo e ao Governo da Alemanha.
— N Estrangeiros PT (@nestrangeiro_pt) 17 de abril de 2019
O autocarro descia uma estrada inclinada e despistou-se na zona entre a unidade hoteleira Quinta Esplêndida e a entrada para a via rápida. Cerca das 18h30, o autocarro despistou-se e caiu de uma ribanceira, tendo sido travado na queda por uma casa existente no terreno.
Segundo apurou a RTP, entre as vítimas mortais poderão estar três pessoas que foram atingidas durante a queda do autocarro, mas que a habitação estava vazia.
A viatura é da empresa SAM - Sociedade de Automóveis da Madeira, fretado pela Travel One. O condutor da viatura é português e sobreviveu ao acidente.
O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, pretendia viajar ainda esta noite para o Funchal, para acompanhar a situação após o acidente. No entanto, o Chefe de Estado esclareceu que o avião da Força Aérea que ia utilizar vai ser mobilizado para transportar feridos.
Em declarações à RTP, Marcelo Rebelo de Sousa exprimiu "pesar" aos familiares das vítimas.
Em declarações à RTP, Marcelo Rebelo de Sousa exprimiu "pesar" aos familiares das vítimas.
"O Instituto de Medicina Legal já está a preparar uma equipa que vai de cá para lá, para reforçar o Gabinete Médico-Legal do Funchal", comunicou fonte oficial do Ministério da Justiça.
A fonte não conseguiu, porém, adiantar quantos profissionais integrarão a equipa que vai prestar apoio ao Gabinete Médico-Legal e Forense do Funchal, instalado no Hospital dr. Nélio Mendonça.
"Ainda não têm isso fechado, porque estão à espera da confirmação do número de mortos", indicou a fonte, apontando que, mediante essa informação, "ajustarão às necessidades".
"Ainda não têm isso fechado, porque estão à espera da confirmação do número de mortos", indicou a fonte, apontando que, mediante essa informação, "ajustarão às necessidades".