Acesso a urgências por doentes considerados não urgentes pode vir a ser limitado

por Rosa Azevedo - Antena 1

Foto: António Antunes - RTP

O Governo está a avaliar a possibilidade de limitar o acesso às urgências hospitalares por parte dos doentes considerados não urgentes. Ao abrigo desta proposta, que consta de uma portaria que vai estar em consulta pública, quem chegar ao hospital sem referenciação e receber uma pulseira azul, verde ou branca na triagem pode não ser atendido.

Esta alteração consta de uma portaria que vai estar em consulta pública. A intenção é acabar com as chamadas falsas urgências.

O recurso às urgências em Portugal é quase o dobro do registado nos países da OCDE. Os dados do ano passado revelam que mais de 44 por cento dos doentes que recorreram aos serviços receberam as pulseiras azuis, verdes ou brancas, ou seja, não eram casos urgentes.

Os responsáveis pelas urgências hospitalares têm alertado para a pressão nestes serviços provocada pelos doentes considerados não urgentes. Agora, o Ministério da Saúde abre a porta ao fim do atendimento dos casos de doença ligeira nas urgências do SNS.

Na opinião do presidente da Associação de Médicos de Saúde Pública esta medida é dificil de ser colocada em prática.

Gustavo tato Borges lembra as carencias de médicos nalgumas regiões do país e considera que a direção executiva do SNS vai ter que fazer um trabalho exaustivo para perceber onde pode avançar com estas restrições.
Tato Borges diz que vai ser preciso fazer campanhas para que os utentes saibam que regras são aplicadas na região ondem vivem

PUB