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Abusos sexuais. Cardeal patriarca diz que só soube mais tarde

por RTP
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Dom Manuel Clemente garantiu que só teve conhecimento de denúncias de abusos atribuídas ao padre Inácio Belo entre 2013 e 2014. O Patriarcado respondeu à reportagem da RTP que revelava que o cardeal-patriarca sabia dos alegados abusos desde 2003.

Na investigação da RTP, emitida na passada sexta-feira, duas testemunhas diferentes garantiram que Dom Manuel Clemente teve conhecimento de sucessivas denúncias, mas afastou os denunciantes e manteve o padre em funções.

Cinco dias depois, chega uma resposta às perguntas feitas pela RTP, em apenas três parágrafos. O Patriarcado de Lisboa reage à reportagem que revelava que Dom Manuel Clemente sabia de abusos atribuídos ao padre Inácio Belo desde 2003. Garante que o cardeal patriarca de Lisboa só soube das denúncias anos mais tarde.

"Foi na investigação prévia, realizada entre 2013 e 2014, que o atual Patriarca de Lisboa teve conhecimento da denúncia dum caso de abuso atribuído ao referido sacerdote", diz a resposta.

Mas testemunhas ouvidas pela RTP contam uma versão diferente. Quer um sacerdote, quer um antigo escuteiro, relatam que em 2003 houve um encontro no seminário dos Olivais em Lisboa e que nessa altura os denunciantes foram afastados e o padre mantido em funções.

Em 2003 o bispo auxiliar de Lisboa e reitor do seminário dos Olivais era D. Manuel Clemente, hoje cardeal patriarca.

A investigação da RTP, emitida na passada sexta feira, revelava que os alegados abusos sexuais atribuídos ao padre Inácio Belo teriam ocorrido numa paróquia do Oeste e na Paróquia de Santa Maria dos Olivais, em Lisboa, desde os anos 90.

Em 1997 o caso foi denunciado pela primeira vez ao Patriarcado de Lisboa. Na altura, D. José Policarpo mudou o padre de sítio.

Perguntámos ao patriarcado de Lisboa..o porquê de defender um padre suspeito de abusos sexuais, por que terão encoberto os abusos, e de que forma D. Manuel Clemente acompanhou os problemas causados pelo pároco Inácio Belo.

Mas todas essas questões ficaram sem resposta.
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