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Abusos na Igreja. Conferência Episcopal Portuguesa esclarece caso alegadamente encoberto por José Ornelas

por RTP
Paulo Cunha - Lusa

A Conferência Episcopal Portuguesa quis esclarecer este domingo a notícia avançada pelo jornal Público sobre a abertura de uma investigação do Ministério Público a D. José Ornelas por alegado encobrimento de casos de abuso sexual na Igreja.

“A primeira denúncia do caso do padre Abel Maia teve lugar em 2003 e foi alvo de uma averiguação interna por parte da Congregação dos Padres Dehonianos, tendo a alegada vítima negado qualquer abuso. A mesma reconfirmou a sua posição, em 2014, em tribunal”, começa por referir o comunicado.

A CEP reafirma ainda as declarações de D. José Ornelas de que foi aberta uma investigação interna do caso do Padre Abel Maia pela Arquidiocese de Braga, “entidade competente para o fazer em 2014, altura em que o Padre Abel Maia já tinha deixado a Congregação dos Padres Dehonianos e já estava incardinado na Arquidiocese”.

Segundo a Conferência Episcopal, essa investigação, a pedido da Arquidiocese de Braga, foi realizada pelo então superior provincial dos Dehonianos em Portugal.

“Aproveitamos para reiterar a vontade de toda a Igreja em encontrar os mecanismos mais eficazes para erradicar o triste fenómeno dos abusos, em colaborar sempre com as autoridades civis e em escutar as vítimas”, acrescenta o comunicado. “Continuaremos sempre disponíveis para prestar os esclarecimentos necessários”.
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