O ministro da Saúde quer que sejam os centros de saúde a fazer as interrupções voluntárias da gravidez. Manuel Pizarro lembra que a maior parte é realizada por medicamento, não havendo por isso necessidade de intervenção hospitalar.
Juntando dados da Inspeção Geral das Atividades em Saúde a situação é ainda mais preocupantes: há 993 profissionais objetores de consciência, o que quer dizer que apenas 13 por cento dos obstetras (ou seja, 81 especialistas) realizam o aborto por opção da mulher. Acresce a violação dos prazos em pelo menos 20 por cento dos casos.
A solução avançada pelo ministro levanta muitas dúvidas à Ordem dos Médicos e está longe de ser aceite pelos médicos de família.