Os desenhos de Tiago Albuquerque são uma espécie de retratos vivos, motivo pelo qual não tem uma “biblioteca de desenhos”.
Os rostos são desenhados em papel, o resto “é tudo no computador, os cenários, os corpos”, tudo.
As ideias para criar o Spam Cartoon começam a ser discutidas “em grupo (com o André Carrilho e a Cristina Sampaio) por volta de segunda ou terça-feira” sempre com a atualidade agarrada aos olhos.
“Nós gostamos muito de ser atuais”, até porque “se temos uma ideia sábado ou domingo” ela pode “já não ser tema na quinta-feira” quando a animação tem que estar fechada para seguir caminho até ao estúdio do sonoplasta Philippe Lenzini.
Algumas vezes surgem as perguntas “para quem estamos a fazer isto? É para quem vai ver ou é para quem é objeto do cartoon?”.
Por isso, é importante pensar nas diversas perspetivas como a mensagem pode vir a ser apreendida e dá alguns exemplos.
Sendo a atualidade tão profícua em temas sérios e pesados, Tiago Albuquerque prefere passar a mensagem através de “filmes mais leves” e dá o exemplo do filme “A Vida é Bela” e a forma como retratou o Holocausto.
No entanto, o cartoonista também provoca reações muito criticas. Foi o que aconteceu com o cartoon que fez para a RTP, durante a campanha eleitoral para as Legislativas de 2024, sobre Pedro Passos Coelho.
O cartoonista explica que a ideia do vampiro e do caixão surgiu porque “eu pensava que o Passos (Coelho) estava morto para a política”, até ter aparecido numa ação de campanha de Luís Montenegro.
Sobre a presença do Spam Cartoon no Instagram da RTPNotícias, todas as semanas, sempre à sexta-feira, Tiago Albuquerque acredita que vai chegar a mais pessoas e “vai fazer diferença porque as redes sociais são a nova televisão”.
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