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46 arguidos constituídos após investigação na Força Aérea

por RTP
Militar português da Força Aérea em exercícios da NATO em maio de 2016

A 'operação Zeus' já levou à constituição de 46 arguidos e à detenção de seis militares da Força Aérea, um major, três capitães e dois sargentos. São todos suspeitos de corrupção e falsificação de documentos, num esquema de sobrefaturação de produtos alimentares que terá lesado o Estado em mais de 10 milhões de euros. Deverão ser presentes a tribunal amanhã de manhã.

O número de arguidos poderá ainda aumentar, já que as investigações prosseguem.

Os lucros do esquema de corrupção, que passava por inflaccionar o preço dos bens alimentares de forma a cobrar mais ao Estado, seriam repartidos por todos os intervenientes.

Quinta-feira, durante as buscas em todas as bases aéreas nacionais, a Judiciária apreendeu elevadas quantias de dinheiro. Em casa de um dos militares detido encontrou duzentos mil euros em notas.
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Esta sexta-feira, a Polícia continua a interrogar os empresários suspeitos de fazerem parte do esquema de corrupção.

Os seis detidos deverão ser presentes a tribunal amanhã de manhã.

É o culminar de um ano e meio de investigações conjuntas, que contou com a colaboração ao mais alto nível da própria Força Aérea, depois de uma denúncia anónima sobre o alegado esquema de corrupção no seio das Força Aérea.

Segundo essa denúncia, os responsáveis por cada messe da Força Aérea - isto é, um oficial e um sargento em cada uma das quatro bases - inflacionavam os preços dos alimentos e bebidas que constituíam o stock dessas messes, dividindo depois os lucros remanescentes entre eles e os fornecedores, apropriando-se dessas verbas ilicitamente.
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