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Os desafios da demografia são claramente um dos assuntos com que as autarquias vão ter de lidar pelo menos nos próximos 5 anos. É um tema que não sai da agenda do poder local.
Esta quinta-feira olhamos para a Demografia. Vamos até ao Alentejo onde há décadas que Portalegre não consegue estancar a perda de população. A cada dez anos, os Censos indicam que a capital do norte alentejano se despovoa e vai ficando com uma população mais envelhecida. Apesar de tudo, no coração da cidade, há instituições que procuram formas de inverter esta tendência histórica. A reportagem é do jornalista Paulo Nobre.
Maria Luís Pinto é professora associada da Universidade de Aveiro. Esta investigadora diz que o país está envelhecido no seu todo e são precisas ações do poder local, central, do tecido empresarial e não só. A professora Maria Luís Pinto não tem dúvidas que mais do criar emprego é fundamental criar condições para as famílias se fixarem no interior e sentirem aquele território como delas. Mas, para além de terem acesso à saúde, aos serviços e ao comércio, tem de lhes ser oferecido também cultura e entretenimento.
Outra convicção muito forte da investigadora é a de que Portugal necessita de imigrantes que se fixem com as famílias no nosso país, o que vai ajudar a travar o envelhecimento da população. Mas deixa a ressalva: é necessário criar condições dignas para que eles se fixem. Quanto aos portugueses, a investigadora defende que o país deve evitar que eles emigrem. Relativamente ao acompanhamento que está a ser feito aos idosos, Maria Luís Pinto, diz que Portugal está a andar muito devagar. É preciso criar uma velhice ativa, de preferência com os mais idosos a viverem nas suas casas, e isto também ajudava a criar mais emprego. Entrevista conduzida pela jornalista Cláudia Costa.