45 anos de poder local: o papel da atividade cultural na atratividade e fixação de pessoas aos territórios

por Antena1

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A atividade cultural, seja no âmbito da criação artística, da produção, ou da programação, desempenha um papel relevante na atratividade e fixação de pessoas nos territórios. Isto, para além do elevado potencial em termos de impacto económico, da articula

Um dos mais consagrados artistas portugueses, Rui Horta, chegou a Montemor-o-Novo há 21 anos para fundar no convento da Saudação, em pleno castelo da cidade, O Espaço do Tempo, que é hoje uma das maiores estruturas residenciais para artistas e criadores na Europa. Com uma política assente no desenvolvimento cultural, ao longo de anos, a autarquia de Montemor convidou, ajudou e instalou artistas e criadores, que fazem hoje da cidade e do concelho, um dos mais profícuos centros culturais do Alentejo e do país. A reportagem é do Paulo Nobre.

Para a professora da Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra, Paula Abreu, Montemor-o-Novo é um caso exemplar na relação entre a cultura e o desenvolvimento de uma cidade do interior. A investigadora no Centro de Estudos Sociais diz que a cultura não pode continuar a ser olhada pelo poder político como algo de segunda e que nestes tempos de pandemia está a assistir-se a uma destruição de empregos e de coletividades, que colocam a cultura em sério risco. Por isso, defende uma atenção maior e apoios efetivos para esta área tão importante na fixação de pessoas aos territórios. Entrevista conduzida pela jornalista Cláudia Costa.
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