Foto: Afonso de Sousa
Neste zoom que a Antena 1, em parceria com a Universidade de Aveiro, está a fazer aos desafios do poder local, vamos para o terreno avaliar a coesão territorial e a ferrovia.
O comboio "seria um meio importantíssimo para a região porque traria pessoas, turistas e mercadorias, para uma região em acentuado despovoamento. Seria um sonho!", diz Maria João Rodrigues, a presidente da Associação Comercial, Industrial e de Serviços de Bragança. Na região não parece haver quem não queira que o comboio volte. O certo é que a decisão é política. Hernâni Dias, presidente da câmara de Bragança diz que o anúncio não passa de "mais uma promessa" e não vislumbra num futuro próximo o comboio na região, embora considere que "é interessante que Bragança tenha, de uma vez por todas, ligação ferroviária". Já o presidente da Câmara de Vila Real acredita que com todos os estudos de viabilidade, ambientais, projetos, concursos e outros, o comboio possa "ser uma realidade na região dentro de 10 a 15 anos". No país só há três capitais de distrito que não têm comboio: Bragança, Vila Real e Viseu. A reportagem é do Afonso de Sousa.
Paulo Pinho é Professor Catedrático da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto. Entrevistado pela jornalista Cláudia Costa, Paulo Pinho considera que o país esqueceu a ferrovia, algo absolutamente necessário para o desenvolvimento dos territórios do interior. Paulo Pinho ressalvou, no entanto, que não chega apenas apostar na infraestrutura é preciso oferecer serviços às populações. Referiu também que os países mais competitivos da Europa têm todos uma ferrovia muito forte. Uma forma de ajudar à coesão territorial.