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30 elementos dos “No Name Boys” foram detidos

por RTP
Claque "No Name Boys" na mira de acção policial Dr

A PSP deteve 30 pessoas numa operação realizada à escala nacional, que conta com o apoio do Departamento de Investigação e Acção Penal (DIAP) de Lisboa e relacionada com os "No Name Boys",claque não legalizada do Benfica.

A operação incidiu sobre a claque do Benfica “No Name Boys claque não legalizada, remetendo a divulgação dos dados globais da operação para segunda-feira.

A PSP lançou ao início da manhã de domingo uma operação de buscas que levou às detenções dos elementos da claque No Name Boys.

A operação policial, relacionada com a violência desportiva, visou os líderes e outros membros dos ”No Name Boys” que têm vindo a agredir adeptos de claques rivais e também elementos das forças policiais.

O comissário Paulo Flor, Relações Públicas da PSP explicou à RTP que "as buscas foram a nível nacional, visando elementos da claque No Name Boys, e surgem na sequência de uma investigação que tem sido feita nos últimos meses"

Foi possível no final da operação concluir que alguns dos membros da claque benfiquista se dedicavam ao tráfico de estupefacientes.

De acordo com a polícia, foi ainda possível indiciar os membros da claque com várias situações da quais se salientam as seguintes:

* 17 de Fevereiro de 2008 - roubo, dano e ofensas corporais no Montijo.

* 25 de Fevereiro de 2008 - ofensas corporais qualificadas a adepto de outra claque.

* 7 de Abril de 2008 - incêndio em instalações da claque "Juve Leo" de apoio ao Sporting Clube de Portugal, no complexo desportivo deste Clube.

* 12 de Abril de 2008 - agressão a um jornalista nas imediações do Centro de Estágios do Benfica, no Seixal.

* 21 de Junho de 2008 - incêndio provocado num autocarro usado por adeptos da claque Super Dragões, afecta ao Futebol Clube do Porto.

* 21 de Junho de 2008 - agressão e injúrias a Agentes de Autoridade junto ao Estádio da Luz, com utilização de material pirotécnico.

* 21 de Junho de 2008 - roubo e agressões a adeptos do Futebol Clube do Porto, na estação de serviço de Alcochete, na Ponte Vasco da Gama.

* 30 de Agosto de 2008 - tentativa de agressão a Agentes de Autoridade com utilização de garrafas e pedras.

* 31 de Agosto de 2008 - ofensas à integridade física qualificadas e danos praticados contra adeptos do Futebol Clube do Porto e respectivas viaturas, com recurso a uma tocha incendiária que foi lançada para o interior da viatura de uma vítima, tendo esta sido impedida de sair da mesma por acção dos suspeitos.

Foi ainda possível apurar que os suspeitos se dedicavam ao tráfico de produto estupefaciente como forma de financiamento da claque ora investigada.

Alguns foram detidos já com mandado de detenção, numa investigação que envolveu escutas telefónicas.

A operação que decorreu em mais de 40 locais do país faz parte de uma investigação da PSP relacionada com casos polémicos em que a claque do Benfica se envolveu, como por exemplo o incêndio do autocarro da equipa do Porto.

Os membros da claque detidos deverão ser ouvidos esta segunda-feira no Tribunal de Instrução Criminal de Lisboa pelo juiz que lhes determinará a medida de coacção.

Durante as mais de 40 buscas a vários locais, entre os quais residências de vários membros da claque, obteve-se o seguinte resultado:

· 30 detidos, sendo 28 do sexo masculino;

· Apreensão de 3 armas de fogo, munições de vários calibres e 3 réplicas de armas de fogo;

· Apreensão de cerca de 11,5 quilos de haxixe, 115 gramas de cocaína, 70 gramas de ecstasy e 187 gramas de liamba;

· Apreensão de 4 soqueiras, 5 embalagens de gás de defesa (spray), 3 bestas, 3 armas eléctricas, 4 bastões extensíveis e 6 tacos de basebol;

· Apreensão de material pirotécnico, designadamente 9 tochas, 5 potes de fumo e 1 very-light;

· Apreensão de 6 viaturas;

· Apreensão de 15343 Euros.

Luís Filipe Vieira não foi notificado



João Gabriel, assessor de imprensa do Sport Lisboa e Benfica, já veio entretanto a público desmentir uma notícia que correu no domingo.

Luís Filipe Vieira, presidente do Benfica, não foi, ao contrário do que se chegou a noticiar, notificado para prestar declarações no âmbito deste processo. informou, no entanto, que se as autoridades entenderem que é esclarecedor a sua intervenção que o líder dos encarnados está disposto a colaborar prestando todas as declarações entendidas por bem.

Explicou também que o Benfica não apoia nenhuma claque. Não o faz por as não respeitar ou por enetnder que elas não prestam um apoio significativo à equipa, mas antes porque elas não se registaram conforme estipula a lei sobre claques e não respeitam assim o ordenamento jurídico.

É o caso do No Name Boys que se recusou a procceder ao seu registo imposto pela lei no sentido de combater a violência no desporto.

Quem são os No Name Boys



Os “No Name Boys” resultaram de uma cisão no seio da claque ”Diabos Vermelhos” e pretendem ser um grupo de apoio organizado ao Sport Lisboa e Benfica.

Na altura da cisão em que os seus elementos se afastaram dos “Diabos Vermelhos”, o objectivo seria constituírem eles próprios a continuação do grupo original.

Tal não foi possível, já que o nome "Diabos Vermelhos" havia já sido registado por elementos que permaneceram na direcção dessa mesma claque original, ficando então este grupo de dissidentes "sem nome".

Terá sido por essa razão que ficou o nome de “No Name" pois para os seus elementos não interessava tanto o nome mas sim o conteúdo.

Foi assim que a 4 de Março de 1992 surgiu esta claque agora investigada pelas focas policiais.

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