1º Batalhão de Infantaria Pára-quedista projectado em Março para o Kosovo

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Lisboa, 28 Fev (Lusa) - O 1º Batalhão de Infantaria Paraquedista da Brigada de Reacção Rápida que será projectado em Março para o teatro de operações do Kosovo, recebe sexta-feira, em Tomar, o Estandarte Nacional.

No Kosovo, este Batalhão constituir-se-á como reserva táctica do comandante da força da NATO (KFOR).

A cerimónia, que será presidida pelo Comandante Operacional do Exército, Tenente-General Artur Neves Pina Monteiro, reveste-se de particular importância, dada a actual situação do Kosovo, recentemente auto-proclamado independente.

Do programa da cerimónia destaca-se a alocução do Comandante da Brigada de Reacção Rápida, Major-General Hernandez Jerónimo, a alocução do Comandante Operacional do Exército, a entrega do Estandarte Heráldico e do Estandarte Nacional ao Comandante do 1º BIPara, assim como a visita à Exposição Estática de equipamentos e meios que equipam a Força.

O 1º Batalhão de Infantaria Pára-quedista (1º BIPara/TACRES/KFOR), sob comando do Tenente-Coronel de Infantaria Pára-quedista Serra Pedro, pertence à Brigada de Reacção Rápida (Brig RR), sendo constituído por 290 militares do Exército Português.

A projecção da Força para o Teatro de Operações do Kosovo está prevista para Março, onde haverá uma Transferência de Autoridade (TOA), com o 2º Batalhão de Infantaria da Brigada Ligeira de Intervenção a terminar a sua missão e regressar a território nacional.

Portugal tem destacado vários contingentes militares nos últimos anos para vários países dos Balcãs, teatros operacionais que os soldados portugueses já conhecem bem.

No entanto, na sequência da recente declaração unilateral de independência da antiga província Sérvia do Kosovo, os riscos de conflito entre a comunidade albanesa e sérvia aumentaram substancialmente neste novo país que Portugal ainda não reconheceu.

O primeiro-ministro José Sócrates já disse que Portugal definirá a sua posição sobre o processo de independência do Kosovo "muito brevemente", depois de terminadas as consultas com o Presidente da República e com o parlamento.

Por seu lado, o Presidente da República, Cavaco Silva, afirmou que Portugal "não precisa de se precipitar" na sua posição sobre a declaração de independência.

O Chefe de Estado disse nas últimas semanas que "acompanha com muita atenção" o desenvolvimento da situação no Kosovo, onde Portugal tem 300 militares "numa zona de grande potencial de instabilidade".

Cavaco Silva salienta que, "como comandante supremo das Forças Armadas", tem "um olhar especial para os 300 militares que estão na fronteira entre as comunidades kosovar e sérvia".

"Desejo que estejam todos bem", afirmou.

SRS.


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