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US Open: Djokovic defende título, mas atenções estão viradas para Sinner

por Lusa
Reuters

O sérvio Novak Djokovic vai defender o título do Open dos Estados Unidos, após a conquista do ouro nos Jogos Olímpicos Paris2024, mas as atenções estão centradas no italiano Jannik Sinner, envolvido em caso de doping.

O quarto e último torneio do Grand Slam da temporada reúne em Flushing Meadows, Nova Iorque, entre 26 de agosto e 08 de setembro, os campeões em título Novak Djokovic e a norte-americana Coco Gauff, bem como os melhores jogadores do mundo, mas o transalpino, número um mundial, tem sido o alvo de todas as atenções.

Em circunstâncias normais, o jovem italiano, de 23 anos, já seria um dos principais protagonistas do torneio norte-americano, não só por ter conquistado o primeiro ‘major’ da carreira no início do ano, no Open da Austrália, como pela condição de número um mundial, em clara ascensão ao longo das últimas duas épocas.

Apesar de ser naturalmente um dos mais fortes candidatos à vitória em Nova Iorque, a par do espanhol Carlos Alcaraz, número três mundial e campeão de Roland Garros e Wimbledon, Jannik Sinner está a lidar com suspeitas de doping, depois de ter dado positivo num teste antidoping em Indian Wells, em fevereiro, e de ter sido 'secretamente' suspenso pelo ATP em duas ocasiões.

“Esta situação não é a ideal antes de um torneio do Grand Slam. Na minha cabeça sempre soube que não fiz nada de mal. Joguei vários meses com este tema na minha cabeça, mas sempre consciente de que não fiz nada de mal. Sempre respeitei as regras de antidoping e sempre as vou respeitar. O resultado foi um alívio”, afirmou o tenista italiano, entretanto ilibado.

À margem do caso do momento, só tornado público em vésperas do arranque do Open dos Estados Unidos, Novak Djokovic, medalha de ouro nos Jogos de Paris2024, vai defender o estatuto de campeão do último ‘major’ da época, na tentativa de conquistar o 25.º troféu do Grand Slam.

A separar o ex-número um do mundo, de 37 anos, daquele que poderá ser o seu quinto triunfo em solo norte-americano poderão estar, além de Sinner, Carlos Alcaraz, que ganhou o primeiro dos seus quatro títulos do Grand Slam em Nova Iorque, em 2022, e o russo Daniil Medvedev, campeão em 2021 e finalista vencido em 2019 e 2023.

Ao contrário de todos os jogadores do top 10 mundial, com presença garantida, Rafael Nadal é, por opção própria, a única ausência de vulto confirmada no torneio, que contará apenas com a participação de dois jogadores portugueses, Nuno Borges no quadro de singulares e Francisco Cabral na prova de pares, ao lado do compatriota.

Na competição feminina, a jovem norte-americana Coco Gauff, de apenas 20 anos, regressa para defender o seu único troféu do Grand Slam, perante a bielorrussa Aryna Sabalenka, vice-campeã em 2023, e a polaca e líder do ranking WTA, Iga Swiatek, vencedora do Open dos Estados Unidos em 2022.

Além do trio de favoritas, a também anfitriã Jessica Pegula poderá ter uma palavra a dizer na discussão do troféu, sobretudo depois da recente vitória em Toronto e de se ter sagrado vice-campeã em Cincinnati.

Nuno Borges volta a Nova Iorque confiante e com melhor ranking de sempre
O tenista português Nuno Borges vai disputar pela terceira vez o Open dos Estados Unidos, último torneio do Grand Slam da temporada, e volta a Nova Iorque confiante e com o melhor ranking de sempre, o 35.º lugar.

O quarto ‘major’ da época, cujo quadro principal arranca na segunda-feira e decorre até 08 de setembro, terá lugar em Flushing Meadows, onde o número um nacional alcançou a primeira vitória em torneios do Grand Slam, em 2022.

“Vou jogar com o meu melhor ranking, mas não me sinto muito diferente. Sinto-me exatamente o mesmo jogador de há umas semanas, mas claro que é bom e traz-me alguma confiança também ter subido um pouco no ranking. Traz-me também mais alguma responsabilidade. Sei que as pessoas estão à espera de mais, mas este é o resultado de um trabalho que tenho vindo a fazer a longo prazo”, disse o maiato, em declarações à Lusa.

Depois da estreia há dois anos, passando com distinção pela fase de qualificação e batendo o norte-americano Ben Shelton na ronda inaugural, antes de ceder na segunda eliminatória diante do chinês Yibing Wu, em cinco sets, Borges foi superado, em 2023, pelo austríaco Sebastian Ofner logo na abertura. Este ano, tem encontro marcado com o argentino Federico Coria (78.º ATP).

“Estou confiante para o primeiro encontro, sinto-me bem, física e mentalmente, mas jogar à melhor de cinco sets é sempre um grande desafio, há sempre muita coisa em jogo. O meu adversário certamente também vai querer muito ganhar, portanto, tenho de dar o meu melhor. Não há borlas nestes torneios”, defende o jovem tenista, de 27 anos, garantindo estar “focado na primeira ronda e em fazer um bom jogo”.

Nuno Borges estreou-se em torneios do Grand Slam em Roland Garros, em 2022, e tem como melhor resultado num ‘major’ a quarta ronda no Open da Austrália no início desta época, mas o primeiro triunfo num quadro principal foi alcançado há dois anos em Flushing Meadows.

“É um torneio que me diz muito, tenho boas memórias e vou tentar usar isso também para, pouco a pouco, tentar chegar cada vez mais longe no torneio”, finalizou o jogador do Centro de Alto Rendimento da Federação Portuguesa de Ténis.

Esta temporada, Nuno Borges fez quartos de final no ATP 250 de Los Cabos e no Estoril Open, venceu o Challenger de Phoenix, atingiu a quarta ronda no Masters 1.000 de Roma e conquistou o primeiro título ATP em Bastad, ao bater na final o espanhol e antigo número um mundial Rafael Nadal.

Já depois de representar Portugal pela primeira vez nos Jogos Olímpicos em Paris, onde foi derrotado na primeira eliminatória de singulares e nos oitavos de final da prova de pares, ao lado de Francisco Cabral, Nuno Borges atingiu a terceira ronda do Masters 1.000 de Montreal e a segunda no Masters 1.000 de Cincinnati.

Em Flushing Meadows, já a partir desta segunda-feira, o maiato vai defrontar pela primeira vez na carreira o argentino, de 32 anos, que tem como melhor resultado em Nova Iorque também a segunda ronda, antes de ir a jogo na competição de duplas na companhia do amigo Cabral (84.º ATP na variante de pares) e com quem ganhou o Estoril Open, em 2022.


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