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Taça Davis. Machado elogia Portugal apesar da derrota

por Mário Aleixo - RTP
Portugal não conseguiu superar a República Checa e deixou a Taça Davis D.R.-FPT

O capitão da seleção portuguesa, Rui Machado, manifestou orgulho pela sua equipa, apesar da derrota frente à República Checa, por 3-1, no Complexo Municipal de Ténis da Maia, onde falhou o acesso às finais da Taça Davis.

Não só tenho orgulho no grupo, como tenho orgulho da forma como veio para aqui, com a disponibilidade e profissionalismo. Para mim, é um orgulho enorme, com este nível de jogadores, ter a possibilidade de ter esta conexão, este entendimento, seja a treinar, seja a jogar. Sentir que competem comigo e isso, para mim, é um orgulho enorme. Sei que significa bastante quando o jogador compete com o treinador”, começou por frisar.

Além de lamentar a derrota e a oportunidade perdida de Portugal se qualificar pela primeira vez para a fase final da Taça Davis, Rui Machado lembrou a intenção e o empenho da sua formação por querer “fazer história”.

Demos o nosso melhor. Acho que conseguimos mostrar isso, tentámos tudo por tudo e acho que passámos essa mensagem. Faltou uma única coisa que foi ganhar. Faltou termos saído com 1-1 do primeiro dia e não com 0-2. Teria sido um bocadinho diferente”, defendeu o capitão algarvio.

Já João Sousa, número um nacional e 84 do mundo, não escondeu o desalento por uma vez mais, quarta na história, a seleção nacional falhar o objetivo do apuramento inédito para as finais da Taça Davis.

Deceção, frustração, é o que é. Não há muito a dizer. Acho que a equipa e eu, pessoalmente, dei tudo o que tinha. Não cheguei a esta eliminatória nas melhores condições físicas, no entanto trabalhei para conseguir estar a 100%”, avançou o vimaranense, após perder em dois "sets", por 6-4 e 6-1, frente ao melhor jogador checo, Jiri Lehecka.

Sousa, de 33 anos, fez questão de atribuir o mérito do triunfo na eliminatória aos adversários, mas defendeu que nunca faltou crença no seio da formação portuguesa, composta ainda por Nuno Borges, Frederico Silva, Gastão Elias e Francisco Cabral.

Jogaram bem, foram melhores do que nós. Acreditámos que podíamos dar a volta, mas não foi assim. É triste porque sempre disse e todo o grupo sabe que isto não é uma obsessão, mas jogar o grupo mundial é um grande objetivo. Estar tão perto e não poder ajudar a equipa como gostaria é frustrante e algo que me toca bastante”, confessou João Sousa.

Nuno Borges, por sua vez, lamentou não ter “jogado um bocadinho melhor e desgastado mais o adversário” no primeiro dia, por acreditar que “podia ter feito a diferença.”

"Não apresentámos o nível que gostaríamos. Queríamos ter ganho, mas isto não é só querer, claro. Ninguém queria isto mais do que eu, quanto muito queria o mesmo. O par foi mesmo o 'last resort', joguei como se não tivesse mais nenhum encontro pela frente”, sublinhou, após ter conquistado, ao lado de Cabral, o único ponto para o saldo nacional.

Depois da derrota nos dois singulares de sábado, da vitória de domingo nos pares e do desaire no decisivo encontro, a seleção nacional falhou, pela quarta vez na história, o acesso às finais da Taça Davis, depois das derrotas em 1994 (Croácia), 2017 (Alemanha) e 2019 (Cazaquistão).

Já a formação da República Checa, constituída por Lehecka, Tomas Machac (122.º ATP), Vit Kopriva (160.º), Jakub Mensik (396.º) e Adam Pavlasek (78.º no ‘ranking’ de pares), vai integrar o lote das 16 equipas da fase final da emblemática competição, que conquistou em três ocasiões, em 1980, 2012 e 2013.

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