A Soudal Quick-Step, equipa de Remco Evenepoel, anunciou que outros quatro ciclistas abandonaram a Volta a Itália por estarem com covid-19, três dias depois de o jovem belga ter sido forçado a desistir quando liderava a geral.
O abandono do campeão mundial de fundo e vencedor da Vuelta2022, na noite de domingo, horas depois de ter vencido o contrarrelógio da nona etapa e ter recuperado a camisola rosa, convulsionou o Giro e levou a organização da prova a impor novas medidas para conter o crescente número de casos de covid-19 no pelotão, nomeadamente o uso de máscaras no contacto com os ciclistas.
“Depois do positivo do Remco na noite de domingo, tivemos outros dois corredores que não se sentiam bem na segunda-feira de manhã, mas estavam negativos nos testes antigénio. Assim, foram realizados testes PCR nos restantes sete ciclistas, com os resultados a revelarem que outros quatro estavam positivos. Continuaremos a monitorizar e implementar o nosso protocolo de testes nos três corredores e no staff que permanecem na corrida”, explicou o médico da Soudal Quick-Step, Toon Cruyt.
Apesar do regresso das máscaras ao pelotão, a covid-19 continua a fazer "vítimas" na 106.ª edição da Volta a Itália, com as AG2R Citroën e Corratec anunciarem também hoje os positivos de Andrea Vendrame e Stefano Gandin, respetivamente, antes do arranque da 11.ª etapa, que liga Camaiore a Tortona, no total de 219 quilómetros.
A imprensa especializada dá conta também de que o abandono do russo Aleksandr Vlasov (BORA-hangrohe), que era sexto na geral, no decurso da 10.ª etapa, se deveu à covid-19.
O Giro é liderado pelo britânico Geraint Thomas (INEOS), que tem dois segundos de vantagem sobre o esloveno Primoz Roglic, segundo, e cinco sobre o seu compatriota e colega Tao Geoghegan Hart (INEOS), terceiro. O português João Almeida (UAE Emirates) é quarto, a 22 segundos, e lidera a classificação da juventude.