Portugal está no Mundial de andebol

por Lusa
EPA

A seleção portuguesa de andebol conseguiu o apuramento para o Mundial2025, apesar do empate (26-26) na Bósnia, na segunda mão do play‐off de acesso, valendo-se dos 10 golos de vantagem que trazia de Guimarães.

O resultado expressivo averbado na primeira mão (29-19) deixou Portugal praticamente com o ‘bilhete na mão’ e levou a equipa das ‘quinas’ a abordar de forma mais relaxada a partida em solo bósnio, em que desperdiçou na segunda metade uma vantagem de quatro golos ao intervalo (17-13).

A seleção comandada por Paulo Jorge Pereira, que hoje teve em Diogo Branquinho o seu melhor marcador (quatro golos), garantiu o sexto apuramento, e terceiro consecutivo, para um Campeonato do Mundo de andebol.

Com o apoio dos seus adeptos, a formação balcânica começou melhor e chegou ao 2-0, aproveitando o ‘sete contra seis’ aplicado de forma imediata pelo ataque português para tentar surpreender os anfitriões, ainda que com alguns erros à mistura.

Sem a habitual dinâmica ofensiva, Portugal só ganhou pela primeira vez vantagem aos oito minutos, quando Salvador Salvador fez o 6-5 em contra-ataque, mas o marcador manteve-se equilibrado nos minutos seguintes.

As alternâncias para os dois lados, entre igualdades sucessivas, mantinham o jogo bastante equilibrado, até que a Bósnia voltou a conseguir dois golos de diferença (12-10), com 20 minutos jogados.

O último terço da primeira parte já revelou ‘outro’ Portugal, que anulou a desvantagem com cinco golos consecutivos, entrecortados por um desconto de tempo que serviu para o selecionador Paulo Jorge Pereira acalmar a equipa e efetuar algumas mudanças no ‘sete’.

O lateral Joaquim Nazaré surgiu então em bom plano no ataque, valendo-se do tiro exterior para assinar três golos até ao intervalo, em que a vantagem lusa se cifrava nos quatro tentos (17-13).

Com o desfecho do apuramento praticamente definido, a segunda parte começou com menor intensidade da equipa portuguesa – também a ‘rodar’ mais o seu banco –, permitindo que a Bósnia-Herzegovina, decidida a defender a sua honra em casa, empatasse novamente (20-20), aos 41 minutos.

O selecionador português pediu novo desconto de tempo para refrescar a estratégia, mas a equipa lusa tardou a ‘despertar’, deixando ‘em jogo’ os bósnios, muito ativos no setor defensivo, apesar de nunca terem estado em vantagem na segunda metade.

Com a ajuda das defesas de Manuel Gaspar, o conjunto luso voltou a impor-se acima da diferença mínima e parecia ter o triunfo garantido, mas cedeu novamente perante um ímpeto tardio da Bósnia-Herzegovina, que anulou uma desvantagem de três golos nos minutos finais para alcançar o empate.

O Mundial2025, com 32 seleções, disputa-se na Croácia, Dinamarca e Noruega, entre 14 de janeiro e 02 de fevereiro do próximo ano.

Jogo no KSPC Mejdan, em Tuzla, na Bósnia-Herzegovina.

Bósnia-Herzegovina-Portugal, 26-26.

Ao intervalo: 13-17.



Sob arbitragem de Ozren Backovic e Mirko Palackovic, da Eslovénia, as equipas alinharam e marcaram:

- Bósnia‐Herzegovina (26): Benjamin Buric (gr), Ibrahim Haseljic (2), Mirko Herceg (7), Senjamin Buric (3), Marko Panic (2), Adin Faljic (1) e Mislav Grgic (3). Jogaram ainda Milan Vuksic (4), Adi Mehmedcehajic (1), Luka Knezevic, Dejan Malinovic, Pavle Petrovic (2), Bekir Cordalija (gr) e Marko Majstorovic (1).

Treinador: Damir Doborac.

- Portugal (26): Manuel Gaspar, António Areia (2), Miguel Martins (3), Victor Iturriza (3), Salvador Salvador (2), Alexandre Cavalcanti (3) e Diogo Branquinho (4). Jogaram ainda: Rui Silva (1), Luís Frade (2), Fábio Magalhães (1), Leonel Fernandes, Joaquim Nazaré (3), Pedro Portela (1), Gonçalo Vieira, João Gomes (1) e Gustavo Capdeville (gr).

Selecionador: Paulo Jorge Pereira.



Assistência: Cerca de 3.000 espetadores.
PUB