O português Pedro Pablo Pichardo, que se sagrou campeão da Europa do triplo salto, em Munique, disse que a “única medalha” que lhe falta é a de bater o recorde do Mundo, fixado em 18,29 metros.
Em Munique, ao segundo ensaio, o atleta de 29 anos fez 17,50 metros, superiorizando-se claramente ao italiano Andrea Dallavalle, campeão europeu sub-23 em 2021, por 46 centímetros, e ao francês Jean Marc Pontvianne, por 56 centímetros, medalhas de prata e bronze, respetivamente.
“Estou muito feliz. Era o título que me faltava para encher o meu currículo. Agora, resta-me continuar a trabalhar para atingir mais títulos e fazer grandes saltos”, acrescentou, assumindo que estava “focado em, pelo menos, ultrapassar os 17,50 metros".
Aliás, esse objetivo norteou o facto de, numa final em que foi claramente superior, ter prescindido de dois saltos, o quarto e o quinto, para se focar no sexto e último.
“É um truque que o meu pai sempre faz. Diz que no concurso eu estava com muita energia e precisava de me controlar para executar bem os saltos. Disse 'olha, prescinde de dois saltos e vai para o último, e não pode falhar'. Mas falhou. É duro”, contou.
O futuro de Pichardo é “continuar a cuidar da saúde”, treinar e focar-se em “atingir mais títulos para o país”, reforçando o desejo de conquistar o recorde do mundo que o britânico Jonathan Eduards fixou em 18,28 metros.
Pichardo tem 17,98 como melhor marca por Portugal e 18,08 como melhor registo pessoal, esta ainda ao serviço de Cuba.
A segunda edição dos campeonatos Europeus multidesportos está a decorrer em Munique até domingo e reúne nove modalidades, estando Portugal representado em sete, nomeadamente atletismo, canoagem, ciclismo, ginástica artística, remo, ténis de mesa e triatlo.
A seleção portuguesa conquistou três medalhas até ao momento, duas de ouro, através de Pedro Pablo Pichardo no triplo salto, e do ciclista Iúri Leitão, no scratch, no ciclismo de pista, e uma de prata, por Auriol Dongmo, no lançamento do peso.