A ciclista polaca Katarzyna Niewiadoma (Canyon/SRAM) venceu hoje a terceira edição da Volta a França feminina, por apenas quatro segundos em relação à campeã de 2023, a neerlandesa Demi Vollering (Protime-SD Worx), segunda.
A neerlandesa esperou depois que a polaca tivesse uma quebra atrás, mas ‘Kasia’ entrou a 1.01 minutos e acabou por manter quatro segundos de vantagem para celebrar a maior vitória da carreira.
O resultado destrona Vollering, considerada por quase toda a gente a mais dominadora ciclista do pelotão feminino, tendo vencido este ano também a Volta a Espanha, mas, nesta edição do Tour, ‘traída’ pela equipa.
A queda nos últimos quilómetros da quinta etapa fê-la perder muito tempo para Niewiadoma, quando foi notório o abandono da equipa à sua líder, para vencer a tirada com a húngara Blanka Vas, tendo desvalorizado os segundos perdidos face ao poderio na alta montanha que a neerlandesa demonstra.
Hoje, ficou claro que não chega, com a neerlandesa atrás da polaca, que fez um grande Tour e foi recompensada com o maior troféu do calendário feminino, deixando a Rooijakkers com o terceiro lugar do pódio, a 10 segundos.
Niewiadoma chorava, como Vollering, mas por motivos muito diferentes, no final de uma etapa que, reconheceu, “foi uma louca montanha russa”.
“Passei mal em Glandon [a primeira subida de categoria especial da etapa], e na descida consegui reconstruir-me. Tive muita sorte em ter a Lucinda Brand também, por isso agradeço também à Lidl-Trek, que nos ajudou a aproximar-nos de Vollering e Rooijakkers”, declarou.
A nova campeã focou-se em gerir a vantagem nos últimos cinco quilómetros, admitiu ter “perdido a fé”. “Gritavam-me tanto na rádio nos últimos dois quilómetros... [vencer o Tour] é de doidos, é de doidos, para ser sincera”, acrescentou.