Juiz rejeita afastamento de voleibolista transgénero

por Lusa
A utilização de uma voleibolista transgénero está provocar polémica nos EUA EPA

Um juiz rejeitou um pedido para impedir uma jogadora da equipa feminina de voleibol de San Jose de participar num torneio de conferência, alegando que é transgénero.

A decisão do juiz magistrado dos EUA, Shane Kato Crews, em Denver, estado do Colorado, permite que a atleta, que jogou toda a temporada, compita no campeonato feminino da Conferência Mountain West, que começa esta semana, em Las Vegas.

A decisão surge no âmbito de uma ação interposta por nove atletas contra a Conferência Mountain West, desafiando as políticas da liga para permitir a participação de jogadores transgénero.

Segundo avança a Associated Press (AP), as jogadoras argumentaram que deixá-la competir seria injusto e um risco para a segurança.

Embora alguns meios de comunicação tenham relatado estes e outros detalhes, nem a Universidade Estadual de San Jose, nem as equipas que desistiram do torneio confirmaram que a instituição tem uma jogadora de voleibol trans.

A AP está a omitir o nome da jogadora, uma vez que ela não comentou publicamente a sua identidade de género, e os responsáveis da universidade também recusaram um pedido de entrevista com a atleta.

A decisão de Cato Crews referiu-se à atleta como uma jogadora "alegadamente transgénero" e observou que nenhum réu contestou que a formação de San Jose inclui uma jogadora transexual.

A Universidade Estadual de San José garantiu, em comunicado, que "vai continuar a apoiar os seus estudantes-atletas e a rejeitar a discriminação em todas as formas", confirmando que todos os seus estudantes-atletas são elegíveis para participar no torneio, de acordo com as regras vigentes.

A jogadora competiu a nível universitário nas três temporadas anteriores, tendo chamado pouca atenção.

O conhecimento nesta temporada da sua suposta identidade gerou alvoroço entre alguns jogadores, especialistas, pais e políticos num ano eleitoral importante.

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