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Judoca Teddy Riner conquista quarto ouro, o terceiro individual

por Lusa
Teddy Riner vence Minjong Kim Foto: Arlette Bashizi - Reuters

O judoca francês Teddy Riner (+100 kg) conquistou sexta-feira o seu terceiro título de campeão olímpico individual, ao vencer em Paris2024, igualando o registo do japonês Tadahiro Nomura (-60 kg), somando a sua quarta medalha de ouro em Jogos.

Campeão olímpico individual em Londres2012 e Rio2016 e por equipas nos últimos Jogos Olímpicos, em 2021, Teddy Riner, de 35 anos, derrotou hoje o sul-coreano Minjong Kim, na final, por ippon, para conquistar o seu terceiro cetro em +100 kg.

O francês, 11 vezes campeão do mundo, superou ainda o máximo de `metais` da japonesa Ryoko Tani (dois ouros, duas pratas e um bronze, em -48 kg), passando a somar seis, quatro de ouro e duas de bronze (Pequim2008 e Tóquio2020).

"Big Teddy" é inigualável e oferece à França o único ouro no judo

O gigante Teddy Riner (+100 kg) carregou um país aos ombros, para consagrar a França no último dia da competição individual de judo de Paris2024, num ouro que lhe permitiu tornar-se ímpar na história olímpica.

Riner tornou-se o único judoca com quatro títulos olímpicos, ainda que um deles seja por equipas mistas, variante apenas introduzida em Tóquio2020, Jogos em que a seleção gaulesa se estreou a vencer nesse ‘combinado’.

É esse o registo inigualável de ‘Teddy Bear’, de quatro títulos olímpicos, mas a nível individual igualou hoje um outro judoca, o japonês Tadahiro Nomura (-60 kg), o único que tinha um ‘tri’, com ouro em Atlanta1996, Sydney2000 e Atenas2004.

Aos 35 anos, o francês passou hoje a somar três títulos olímpicos a ‘solo’, com conquistas em Londres2012, Rio2016 e Paris2024, num palmarés a que acrescenta o título por equipas em Tóquio, e mais dois bronzes, em Pequim2008 e Tóquio2020.

Um total de seis medalhas para o ‘gigante’ de 2,12 metros, também conhecido como ‘Big Teddy’, o que lhe permite outro sublinhado na história: ultrapassa o recorde de cinco medalhas olímpicas (dois ouros, duas pratas e um bronze) da japonesa Ryoko Tani (-48 kg).

O 11 vezes campeão mundial parece ser o único capaz de contrariar a nação fundadora da modalidade, que em Paris2024 conquistou a nível individual sete medalhas, três das quais de ouro, enquanto França, fortemente apoiada pelo público na Arena Champ-de-Mars viu caírem, sucessivamente, favoritos.

O último dia trazia nova esperança, com a líder mundial Romane Dicko (+78 kg), mas a judoca, eliminada nas ‘meias’ pela nova campeã olímpica, a brasileira Beatriz Souza, teve de se contentar com o bronze.

Um cenário que deixou para Teddy Riner toda a responsabilidade, que o judoca de 35 anos foi carregando, e ultrapassando, a cada combate, o último dos quais com o campeão e líder mundial, o sul-coreano Minjong Kim.

Os dois tinham lutado apenas uma vez, com vitória de ‘Teddy’ também em casa, já este ano, no consagrado Grand Slam de Paris, e Riner repetiu a dose, numa projeção espetacular nos segundos finais, perante a ‘enlouquecida’ multidão na Arena Champ-de-Mars.

Também em +100 kg, o pódio ficou completo com os bronzes do tajique Temur Rakhimov e do uzbeque Alisher Yusupov, em novo dia sem medalhas para o Japão e com a grande surpresa a ser a eliminação do bicampeão olímpico Lukas Krpalek, nos oitavos de final.

No peso pesado feminino, a ‘paulista’ Beatriz Sousa deu o primeiro ouro no judo em Paris2024 ao Brasil, com a vitória na final diante da israelita Raz Hershko, numa categoria (+78 kg) em que Rochele Nunes foi afastada no segundo combate.

O último dia individual consagrou ainda a sul-coreana Hayun Kim, com o bronze, uma consolação igualmente para a líder mundial Romane Dicko, que ambicionava mais diante do seu público e teve de lutar pela terceira posição.

A competição individual de judo terminou hoje, mas a modalidade prossegue no sábado nos Jogos de Paris2024, com o último dia, dedicado às equipas mistas e que atribuirá mais quatro medalhas (ouro, prata e duas de bronze).

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