Jannik Sinner manteve hoje a Itália na rota pela defesa do título da Taça Davis em ténis, ao conquistar os dois pontos da vitória por 2-1 diante da Argentina nos 'quartos', agendando um reencontro com a Austrália.
Trigésimo tenista mundial, o argentino impôs-se por 6-4 e 6-1 ao 17.º classificado do ranking, em uma hora e 30 minutos, com Sinner a ficar obrigado a vencer para evitar uma eliminação precoce da campeã em título da Taça Davis.
Mais do que habituado a lidar com a pressão, o jovem de 23 anos 'arrasou' Sebastián Báez (27.º), com expressivos 6-2 e 6-1, em apenas uma hora e 12 minutos, remetendo a decisão do duelo dos quartos de final para os pares.
Líder da seleção italiana, Sinner voltou ao court minutos depois para fazer dupla com Matteo Berrettini, com os dois a substituírem Andrea Vavassori e Simone Bolelli, inicialmente 'escalados' para o encontro de pares frente a Máximo González e Andrés Molteni.
Perante dois especialistas, a 'magia' do número um mundial fez a diferença, nomeadamente no segundo set, quando esteve brilhante para converter o único ponto de 'break' registado por qualquer das seleções naquele parcial.
A vitória do duo transalpino foi consumada com os parciais de 6-4 e 7-5, em uma hora e 24 minutos, com a Itália a reencontrar-se com a Austrália, que derrotou no ano passado na final da Davis.
Antes do triunfo da Itália, a armada de 'estrelas' dos Estados Unidos foi afastada pelos australianos, um desfecho quase tão surpreendente como a eliminação precoce da Espanha frente aos Países Baixos na primeira jornada da competição a decorrer desde terça-feira no Palácio dos Desportos Martín Carpena, em Málaga.
Coube ao promissor Ben Shelton a responsabilidade de abrir o duelo dos quartos de final frente a Thanasi Kokkinakis, mas o 21.º jogador mundial, na estreia absoluta na Taça Davis, não conseguiu confirmar o seu favoritismo diante do australiano, mais 'rodado' na prova.
O jovem de 22 anos, que entrou nervoso e perdeu o primeiro set em apenas 23 minutos, acabou derrotado pelo 77.º classificado da hierarquia ATP, pelos parciais de 6-1, 4-6 e 7-6 (16-14), em duas horas e 17 minutos, já depois de Kokkinakis ter anulado quatro 'match points', no mais longo 'tie-break' da Davis desde 2019.
O 'erro' do 'capitão' Bob Bryan, que tinha Tommy Paul (12.º) disponível, deixou a seleção norte-americana numa situação complicada, mas Taylor Fritz 'resolveu', com um triunfo fácil diante de Alex de Minaur.
Finalista das ATP Finals, o número quatro mundial impôs-se ao nono da hierarquia por 6-3 e 6-4, em uma hora e nove minutos, e deixou tudo em aberto para o desafio de pares.
Numa nova decisão surpreendente de Bob Bryan, Shelton voltou ao court para fazer parceria com Paul, mas os norte-americanos nada puderam fazer diante de dois especialistas da variante, com Jordan Thompson (terceiro do ranking de pares) e Matthew Ebden (13.º) a vencerem por duplo 6-4.
"Foi uma decisão tática para tentar surpreender (os australianos)", justificou o 'capitão' norte-americano.
A Austrália avançou, assim, pelo terceiro ano consecutivo para as meias-finais da Taça Davis.