Frederico Morais ficou no terceiro e último lugar da primeira bateria da ronda de eliminação da etapa portuguesa do circuito principal da Liga Mundial de Surf (WSL), que decorre em Peniche, e despediu-se do evento.
Frederico Morais, que competiu na elite mundial em 2017, 2018, 2021, 2022 e 2024, está na fase final da recuperação de uma grave lesão no tornozelo direito sofrida em dezembro, e participou na prova da elite mundial na Praia de Supertubos na condição de convidado, tal como a compatriota Yolanda Hopkins, que acabou a competição no nono lugar.
O surfista português realçou que, apesar de ter sido afastado da prova, o regresso à competição após lesão lhe dá mais força para tentar a requalificação para o circuito principal.
"Estou contente com a minha prestação. Agora estou pronto para voltar à recuperação. E foi bom vestir a licra em Peniche, porque só me deu mais força e mais vontade de me requalificar", lançou aos jornalistas o atleta luso.
"Sabia que ia ser um 'heat' [bateria] difícil. Agora com a maré a vazar, com este tamanho de ondas, e com os bancos [de areia] que estão aqui em Supertubos, são ondas rápidas, que correm muito rápido, o que me deixa um bocado em dificuldade para o meu tempo de reação, para o meu pé, para o meu tornozelo", sublinhou.
"Acho que ainda me desenrasquei bem. Estive dentro do 'heat' [bateria] até ao fim. Segurei a prioridade até ao fim, à espera que viesse a onda que eu procurava, e que eu imaginava para fazer o 'score' [pontuação]. Mas pronto, acabei por ir numa onda que parecia que ia dar, mas não deu. Atrás também não veio nada, ou seja, foi o tudo ou nada", destacou.
"Há uma semana e meia estava-me a meter em pé a primeira vez na prancha este ano. Estar agora aqui, e em ambos os 'heats' em que competi ontem [sábado] e hoje, estar dentro dos 'heats' até ao fim, e precisando uma nota relativamente acessível, sabe bem. Quer dizer que estou a fazer o trabalho certo. Agora é ter a certeza de que recupero a 100%, meter o surf no pé e atacar os 'challengers'", rematou.