A Itália conquistou pelo segundo ano consecutivo a Taça Davis, ao vencer os Países Baixos por 2-0, com o tenista Jannik Sinner a coroar uma temporada inesquecível com um novo título pela sua seleção.
O ponto decisivo foi, inevitavelmente, conquistado por Sinner, que venceu Tallon Griekspoor, por 7-6 (7-2) e 6-2, já depois de Matteo Berrettini ter ganhado a Botic van de Zandschulp, pelos parciais de 6-4 e 6-2.
Tallon Griekspoor foi um "gigante" diante do número um mundial, com um impressionante registo de apenas seis derrotas numa temporada em que se sagrou campeão do Open da Austrália e dos Estados Unidos, das ATP Finals e de três Masters 1.000.
As estatísticas estavam contra si, mas o neerlandês esteve absolutamente irrepreensível no seu serviço, não enfrentando qualquer ‘break-point’ no primeiro parcial, ao contrário do número um mundial, que anulou dois no terceiro jogo.
Mas Sinner não é líder do ranking por acaso e, quando precisou, elevou o nível do seu jogo para vencer facilmente o "tie-break" por 7-2.
O 40.º mundial pode, contudo, congratular-se por ter sido o único a ganhar seis jogos ao italiano nesta edição da Davis, conseguindo ainda devolver um "break" no quarto jogo do segundo set.
Impassível, o jovem de 23 anos reagiu prontamente e voltou a quebrar duas vezes o serviço do neerlandês, para adiantar-se para inalcançáveis 5-2.
O triunfo era certo mas Sinner complicou a sua tarefa, desperdiçando três pontos para fechar o encontro, num raro vislumbre de humanidade de um campeão que raramente ‘treme’.
“Se (a Davis) não fosse importante, não estaria aqui. Significa muito para mim”, assumiu já depois de ter mesmo selado o triunfo da sua seleção, após uma hora e 31 minutos.
Mostrando-se “honrado” por integrar a equipa campeã, Sinner reconheceu ter sentido uma pressão diferente, uma vez que a competição é “muito importante” para o seu país, cuja vitória começou a ser construída horas antes.