O atletas de elite da Meia Maratona de Lisboa vão correr no domingo com uma faixa preta no braço, em homenagem ao queniano Kelvin Kiptum, que morreu em fevereiro num acidente de viação, anunciou hoje a organização.
“Kelvin Kiptum estreou-se na meia maratona nas ruas de Lisboa, na edição de 2019 da Meia Maratona de Lisboa, com o quinto lugar, em 59.54 minutos”, lembrou Carlos Móia, considerando que a sua morte “deixou um vazio na comunidade do atletismo”.
O atleta queniano, um dos dos valores emergentes do atletismo mundial, morreu em 11 de fevereiro passado, aos 24 anos, num acidente de viação em Kaptagat, no oeste do Quénia, que vitimou também o seu treinador.
Na última conferência de imprensa de apresentação da 33.ª edição da Meia Maratona de Lisboa, o presidente do Maratona Clube de Portugal lembrou que a prova de elite masculina contará com “10 atletas com tempos abaixo da hora”, e que dará um bónus de 150.000 euros caso seja batido o recorde mundial da distância, em masculinos ou femininos.
“Sabemos que este é um prémio com um valor ridículo, tendo em conta as verbas que se pagam noutros sítios do mundo, mas é o prémio que podemos dar”, afirmou Carlos Móia, referindo que no pelotão estarão vários recordistas nacionais da meia maratona, de países como Noruega, Itália, Alemanha e Irão, em busca de marcas pessoais.
Lisboa já é detentora da melhor marca mundial masculina, alcançada pelo ugandês Jacob Kiplimo em novembro de 2021, quando correu a meia maratona da capital lusa em 57.31 minutos.
No setor feminino, a melhor marca mundial pertence à etíope Letesenbet Gidey, com 1:02.52 horas, e foi conseguida em Valência, também em 2021.
Os atletas de elite vão partir de Algés para os 21.097,5 quilómetros da corrida, enquanto a prova popular da Meia Maratona e a mini maratona vão partir às 10:05 da Ponte 25 de Abril, em Almada, com a meta instalada junto ao Mosteiro dos Jerónimos, em Lisboa.
No pelotão masculino, a organização destaca a presença de 10 atletas com melhores marcas abaixo da hora, entre os quais o queniano Abraham Kiptum, com 59.09 minutos de recorde pessoal, Brian Kwemoi e Bravin Kipkogei Kiptoo (ambos com 59.37), e os etíopes Solomon Berihu (59.17) e Dinkalem Ayele (59.30).
Entre os portugueses, destaque para Hélio Gomes (01:02.07 horas) e Rui Pinto (01:02.16), que surgem com as melhores marcas dos atletas lusos.
Na vertente feminina, estão na ‘meia’ de Lisboa a atleta queniana Brigid Kosgei, antiga recordista mundial da maratona e atual terceira mais rápida na distância, e mais seis atletas com recordes pessoais abaixo dos 68 minutos, entre as quais as etíopes Bosena Mulatie (1:05.46 horas) e Tigist Menigstu (1:06.20), e a queniana Betty Chepkemoi Kibet (1:06.37)
Entre as portuguesas, deverão marcar presença algumas das mais fortes atletas da atualidade, nomeadamente Susana Godinho, recentemente apurada para a Maratona dos Jogos Olímpicos Paris2024, Solange Jesus e Sara Moreira.
Nas várias provas do fim de semana particparão, segundo Carlos Móia, um total de 33.000 pessoas, entre as quais 10.000 estrangeiras.