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Constantino receia que corte seja apenas no desporto

por Lusa
José Manuel Constantino está na expectativa mas apreensivo Tiago Petinga - Lusa

O presidente do Comité Olímpico de Portugal (COP) disse recear que a Santa Casa da Misericórdia de Lisboa (SCML) se limite a cortar nas verbas atribuídas a várias federações desportivas, a menos de um ano de Paris2024.

Não tenho exata noção da dimensão do corte que estamos a falar, mas, salvo melhor opinião, estamos a falar, tão só e apenas, dos patrocínios que o departamento de jogos da Santa Casa tem tido junto de algumas federações desportivas, numa parte significativa federações com participação olímpica”, começou por dizer José Manuel Constantino, em declarações à agência Lusa.


As federações desportivas e o próprio COP foram avisadas através de cartas assinadas pela provedora Ana Jorge, que assumiu funções na SCML em 2 de maio último.

Em causa, de acordo com várias das missivas a que a Lusa teve acesso, está a revisão do “plano de patrocínios delineado para 2023”, advertindo, ainda, que o patrocínio, em nome dos Jogos Santa Casa, na sua maioria, além dos contratos em vigor não está assegurado.

Por um lado, compreendo que a nova direção da SCML queira proceder a uma reavaliação dos critérios de apoio às diferentes entidades atendendo à situação de profunda crise que foi detetada nas auditorias já realizadas e pela intervenção do Ministério Público relativamente a investimentos feitos no Brasil. Acho perfeitamente natural e compreensível que a nova administração pretenda olhar para a realidade com que está confrontada e queira reavaliá-la”, afirmou Constantino.

No entanto, o presidente do organismo federativo advertiu que não terá uma atitude tão compreensiva se os cortes forem feitos apenas no setor desportivo, num valor, que segundo José Manuel Constantino, não é relevante para os cofres da SCML.

Já não terei uma opinião tão positiva, se esse olhar for circunscrito a meia dúzia de organizações desportivas, junto das quais o departamento de comunicação e marketing da Santa Casa estabelecem protocolos de cooperação. Porque, se há um problema transversal a toda a despesa, não é um montante irrisório face ao que proporciona aos Jogos Santa Casa que põe em casa o seu equilíbrio financeiro”, vincou.

Apesar desta ameaça, Constantino assumiu disponibilidade para uma eventual reunião com a nova provedora da SCML.

Vamos aguardar com alguma serenidade o desenvolvimento deste processo, na expectativa, naturalmente, de termos uma opinião mais sustentada, mais fundamentada do que aquilo que estamos neste momento confrontados e cujas consequências se ignoram”, rematou o presidente do COP.

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