O Conselho Executivo do Comité Olímpico Internacional (COI) condenou unanimemente as federações internacionais que pagaram prémios aos medalhados olímpicos, como aconteceu em Paris2024 com a World Athletics, em nome da igualdade entre atletas.
Mark Adams falava no final da primeira jornada da reunião do Conselho Executivo do Comité Olímpico Internacional, que decorre até quinta-feira em Lausana, na Suíça.
“O principal argumento foi a igualdade”, justificou o porta-voz, notando que, se todos os medalhados em Paris2024 tivessem recebido prémios das suas federações internacionais, “cerca de 1.000 desportistas e equipas” teriam sido beneficiados.
Segundo Adams, o Conselho Executivo do COI estima que essa iniciativa poderia transformar os Jogos Olímpicos “num evento elitista”.
Sem a concordância do organismo olímpico, o presidente da World Athletics, Sebastian Coe – um dos sete candidatos a suceder a Thomas Bach na presidência do COI -, anunciou em abril a intenção de entregar 47 mil euros aos atletas que conquistassem o ouro em Paris2024.
A iniciativa foi criticada por Bach, que considerou que cabe aos comités olímpicos nacionais, e não às federações, estimular o sucesso dos desportistas que participem nos Jogos.
As eleições para a sucessão do alemão vão acontecer na 144.ª Sessão do COI, agendada entre 18 e 21 de março, na Grécia.
O novo presidente do COI assumirá o cargo em 24 de junho de 2025.