O Benfica venceu hoje a Taça de Portugal de basquetebol, ao bater o Imortal por 75-74, em Sines, numa final decidida sobre a ‘buzina’ e na qual não esperava 'sofrer’ tanto para levar o troféu para a Luz.
O Imortal, que voltou a perder uma final, após ter cedido também na decisão de 2021, frente ao Sporting, deixou pelo caminho o Sangalhos (83-54), o Illiabum (70-62) e, já na ‘final four’, o Lusitânia (82-77), antes de ‘cair’ perante os ‘encarnados’.
Com o presidente do Benfica, Rui Costa, a assistir à final no Pavilhão Multiusos de Sines, os ‘encarnados’ recuperaram de uma desvantagem que chegou a ser de 14 pontos no primeiro período para 43-35 ao intervalo, margem que parecia suficiente para ‘embalar’ para a vitória, dado o grande acerto conseguido no segundo período.
Mas, apesar do poderio de Makram Romdhane (17 pontos, 10 ressaltos e três assistências) junto às tabelas, o Benfica não deu continuidade ao enorme ascendente do segundo período e permitiu ao Imortal discutir o jogo até ao último segundo, após voltar a igualar o marcador no quarto período.
Valeu, então, um ponto de Toney Douglas na linha de lance livre, a 5,9 segundos do final.
Após cinco minutos iniciais com elevados índices de eficácia de ambas as equipas, o Imortal acabou por conseguir um parcial de 16-0 em cerca de três minutos e meio, na segunda metade do primeiro período, e chegou a ter 14 pontos de vantagem (27-13), mas o Benfica recuperou nos instantes finais para 27-18 a favor dos algarvios.
A tendência de recuperação do Benfica prosseguiu no segundo período e os ‘encarnados’ passaram para a frente (33-32) com um parcial de 15-5 em pouco mais de seis minutos, continuando a dilatar a diferença até aos 43-35 que se registavam ao intervalo, frente a um adversário que, aos 2.30 minutos do segundo período, ‘secou’ a fonte e só voltou a pontuar no último lançamento da primeira parte.
Ainda assim, os algarvios conseguiram retomar o foco e arrancaram um empate (21-21) no terceiro período, que os manteve vivos na discussão do resultado, com uma desvantagem de apenas oito pontos (56-64) para o Benfica.
Depois, precisaram de apenas quarto minutos para conseguir um parcial de 10-2 e voltar a igualar o marcador (66-66), para discutir ‘ponto a ponto’ para que lado cairia o troféu.
O jogo voltou a estar igualado a 71 e 74, mas bastou um lançamento livre de Toney Douglas a 5,9 segundos do final para a Taça seguir para a Luz.
Os algarvios ainda desenharam um derradeiro lance e Marquise Moore lançou dentro do tempo para dois pontos que podiam 'desviar' o troféu para Albufeira, mas acertou no aro e o Benfica deu início à festa do seu primeiro título nesta época, depois de ter perdido a Supertaça para o Sporting e ter sido eliminado pela Ovarense nas meias-finais da Taça Hugo dos Santos.
Jogo no Pavilhão Multiusos de Sines.
Imortal-Benfica, 74-75.
Ao intervalo: 35-43.
Sob a arbitragem de Luís Lopes, Sónia Teixeira e José Abreu as equipas alinharam e marcaram:
- Imortal: Terry Nolan Jr. (20), Mojeed Ewuosho (9), Marquise Moore (23), Joshua Ferguson (4) e Earl Watson (9). Jogaram ainda Emanuel Sá, Jacques Conceição (9), Jonathan Silva e Diogo Seixas.
Treinador: Iñaki Martín.
- Benfica: Aaron Broussard (9), Betinho Gomes (10), Toney Douglas (12), Terrell Carter II (12) e James Ellisor (9). Jogaram ainda José Silva (3), José Barbosa (3), Makram Romdhane (17) e Tomás Barroso.
Treinador: Norberto Alves.
Marcha do marcador: 14-13 (05 minutos), 27-18 (primeiro período), 32-30 (15 minutos), 35-43 (intervalo), 47-60 (25 minutos), 56-64 (terceiro período), 66-71 (35 minutos) e x-y (resultado final).
Assistência: cerca de 600 espetadores