O quarto dia de provas dos Mundiais de atletismo, que segunda-feira decorreu em Eugene, ficou marcado pelo esperado triunfo de todos os favoritos, desta vez com ampla divisão de medalhas em termos de países envolvidos.
No setor masculino também se consagraram dois campeões de Tóquio2020 - Mutaz Essa Barshim, do Qatar, no salto em altura, e Soufiane El Bakkali, de Marrocos, nos 3.000 metros obstáculos.
De manhã, na prova da maratona feminina o ouro foi para Gotytom Gebreslase, a fazer com que a Etiópia fique com os dois títulos de corrida de estrada nestes campeonatos, que decorrem até domingo em Eugene, no estado norte-americano do Oregon.
Iniciado na véspera, o heptatlo terminou na última noite (em Lisboa) e teve emoção até ao fim, já que Thiam passava à sexta de sete provas apenas no segundo lugar, atrás da neerlandesa Anouk Vetter, a vice-campeã olímpica.
Mas a última prova, os 800 metros, permitiu a Thiam, campeã mundial há cinco anos, chegar aos 6.947 pontos, contra 6.867 de Vetter, nova recordista nacional dos Países Baixos.
A britânica Katarina Johnson-Thompson, a campeã de Doha2019, foi apenas oitava.
A etíope Gudaf Tsegay impôs o ritmo nos 1.500 metros com apenas três adversárias a acompanharem o seu andamento. A ideia era desembaraçar-se da grande dominadora da distância, a queniana Faith Kypiegon.
Mas, Kypiegon, campeã olímpica e nos mundiais de Doha2019, dominou a última volta e triunfou em 3.52,96 minutos, à frente de Tsegay e da britânica Laura Muir, que arrebatou a primeira medalha em grandes competições.
Depois de muito tempo na sombra dos corredores de obstáculos do Quénia e da Etiópia, o marroquino Soufiane El Bakkali embalou para o ouro nos Jogos Olímpicos. Agora, em Eugene, dominou o plano tático e triunfou em 8.25,13.
O etíope Lamecha Girma, o mais rápido do ano, teve de se contentar com o segundo lugar e o queniano Conseslus Kipruto com o terceiro.
Com alguma surpresa, Mutaz Essa Barshim, do Qatar, tornou-se tricampeão mundial no salto em altura, confirmando-se como um atleta para os grandes momentos.
O líder destacado do ano era o sul-coreano Sanghyeok Woo, que se ficou pelos 2,35 metros, enquanto Barshim conseguiu mais dois centímetros.
Bronze para o ucraniano Andriy Protsenko, a deixar fora do pódio Gianmarco Tamberi, o italiano que em Tóquio dividiu o título de campeão olímpico com Barshim.
De manhã, os 42.195 metros tinham sido completados pela etíope Gotytom Gebreslase em 2:18.11 horas, à frente da queniana Judith Jeptum Korir e da israelita Lonah Chemtai Salpeter.
A prova da maratona ficou marcada pelo abandono da campeã mundial de Doha2019, a queniana Ruth Chepngetich, com problemas de estômago.