A meia-maratona de Lisboa juntará no domingo cerca de 40 mil participantes, entre os quais 16 mil estrangeiros, tendo ficado em lista de espera um número superior a 17 mil atletas, detalhou hoje a organização.
Além da prova de 21 quilómetros, que vai albergar os Campeonatos Nacionais de Meia-Maratona, o evento conta também com uma prova de 10 quilómetros e, no dia anterior, outra de sete quilómetros, o passeio da família e uma prova para as crianças.
“Estas provas estão a crescer muito e, para o ano, as inscrições da meia-maratona vão ser sorteadas. Penso que para o ano vamos ter ainda mais interessados. Lisboa está na moda e não tenho dúvida nenhuma de que tem um impacto económico muito grande. Possivelmente, vamos ter de aumentar o número de inscritos para a meia-maratona”, revelou o presidente do Maratona Clube de Portugal, Carlos Móia, que não acredita na possibilidade de se voltar a bater o recorde mundial, devido às condições climatéricas.
Entre os atletas portugueses que vão marcar presença entre a elite, que parte da Cruz Quebrada, em Oeiras, em vez de percorrer a Ponte 25 de Abril, em Almada – o local de partida da prova popular -, encontram-se os olímpicos Samuel Barata e Susana Santos.
“Estive três semanas em estágio [no Quénia], treinei bem e o objetivo era chegar aqui e estar competitivo. Tenho em mente ganhar o título do campeonato nacional. Estão cá os melhores atletas do mundo e, nos últimos anos, consegui evoluir bastante e fazer marcas próximas dos melhores do mundo. Fiz o trabalho de casa, estudei muito para o exame e espero que corra bem”, disse Samuel Barata, recordista nacional da distância.
Susana Santos, 57.ª classificada na maratona dos Jogos Olímpicos Paris2024, também apontou como objetivo ser campeã nacional e efetuar uma boa marca na cidade lisboeta: “Esta meia-maratona é uma das mais rápidas do mundo. Vai servir de preparação para o Campeonato da Europa de Estrada, que se vai realizar em abril”.
Na elite internacional, destaca-se o nome da queniana Ruth Chepngetich, a recordista mundial da maratona, com a sexta melhor marca de sempre nos 21,0975 quilómetros (01:04.02, em Istambul, em 2021), além também do compatriota Mathew Kimeli.
“Estou feliz e ansiosa por estar aqui. Espero fazer uma boa corrida e ter um resultado bom para consolidar a minha preparação”, salientou Chepngetich, enquanto Kimeli foi sucinto: “No domingo, eu espero correr bem e ver se consigo melhorar o meu tempo”.
A meia-maratona de Lisboa é cofundadora do circuito internacional ‘superhalfs’, criado em 2019 e composto por seis das mais prestigiadas meias-maratonas da Europa, e que alberga também as provas realizadas em Berlim, Praga, Valência, Copenhaga e Cardiff.
A elite vai partir da Cruz Quebrada, em Oeiras, a partir das 09:30, com a meta colocada em frente ao Mosteiro dos Jerónimos, na zona de Belém, em Lisboa, tal como a corrida popular, que inicia na margem sul do rio Tejo, em Almada, e passa a Ponte 25 de Abril.