OE2025. PS decide hoje sobre proposta de Pedro Nuno Santos para viabilizar orçamento
A Comissão Política Nacional do PS decide hoje o sentido do voto do partido no Orçamento do Estado para 2025. Vai analisar a proposta de Pedro Nuno Santos de viabilizar o documento do Governo através da abstenção. Uma proposta apresentada na quinta-feira passada.
Na quinta-feira à tarde, o líder do PS anunciou que iria propor à Comissão Política Nacional de hoje que o partido opte pela abstenção, quer na generalidade quer na votação final global, o que na prática significa que o primeiro orçamento do Governo de Luís Montenegro será viabilizado.
O primeiro-ministro, Luís Montenegro, momentos depois destas declarações, saudou "democraticamente" o anúncio feito pelo líder do PS e destacou o "sentido de responsabilidade" do principal partido da oposição.
Pedro Nuno Santos justificou esta decisão unicamente com duas razões: o facto de terem passado apenas sete meses sobre as últimas eleições e um eventual chumbo conduzir o país às terceiras legislativas em menos de três anos.
Pedro Nuno Santos começou por defender que "o normal" é que "o principal partido da oposição vote contra a proposta do Orçamento do Estado que o Governo entrega no parlamento". Lembrou que foi isso mesmo que o PSD fez nos últimos oito anos com os executivos socialistas.
"O PS parte, portanto, para a discussão do Orçamento do Estado na Assembleia da República sem um compromisso com o Governo. Mas queremos assumir um compromisso com os portugueses", afirmou.
O líder do PS acusou a direita de irresponsabilidade, com trocas de "acusações, insultos e muita confusão", considerando que o Governo "está isolado" e "absolutamente dependente do maior partido da oposição".
Pedro Nuno Santos assegurou ainda que o PS está unido e sem divisões quanto ao poder interno, apesar das opiniões diferentes perante a "decisão complexa" e sem saídas óbvias relativamente ao Orçamento do Estado.
Nas últimas semanas, militantes e deputados do PS dividiram-se quanto à posição a tomar em relação ao Orçamento do Estado.
c/Lusa