Elas, outra vez por causa delas. Donald Trump leva com os pés. Por causa de um vídeo antigo o candidato republicano volta a ficar em maus lençóis.
Na próxima madrugada volta a estar frente a frente com Hillary na televisão perante milhões, e apesar de continuar na corrida, a cama que tem vindo a fazer está cada vez mais desengonçada. Ela não deverá deixar passar em branco o mais recente escândalo do magnata. A favor de Hillary, dela portanto, deve ainda ecoar o afastamento estrondoso do número dois da candidatura do partido republicano.
Mike Pence não encontrou maneira de poder continuar a apoiar a escolha, mais que legitimada na convenção de julho em Cleveland, o que Trump disse sobre as mulheres na gravação de há onze anos, forçou o governador do Indiana a abrir a boca no Twitter. Disse Pence que ficou ofendido, como marido como pai e por isso só pode condenar as declarações do buçal Trump. O buçal é meu. Como homem Pence, de aparente bom senso pelo menos agora, Pence só fez o que devia.
Mas será que as desculpas públicas e remorsos demostrados pelo homem quer ir para a Casa Branca e fazer a América grande de novo chegam? No interior do partido, trazem o sabor da derrota. São os ventos que sopram do lado de lá do atlântico.
É certo, eu não voto, não interessa nada o que penso para milhões de cidadãos dos Estados Unidos que embarcam nas promessas de Trump. Mas também para mim ele destrói o sonho americano. E quem promete construir, com política de terra queimada, arrasa qualquer esperança. Trump é como um imane, não para atrair mulheres, mas para corporizar o desalento com a classe que ambiciona o palco do poder a qualquer preço.