Yevgeny Prigozhin. Patrão do grupo Wagner queixa-se de "monstruosa burocracia" em Moscovo
Bakhmut, atualmente a cidade mais martirizada pelos combates no leste da Ucrânia, já estaria dominada pelas forças russas “se não houvesse uma monstruosa burocracia militar”. A crítica partiu na última noite do número um do grupo Wagner, força mercenária da Rússia. Yevgeny Prigozhin prevê que tal objetivo venha a ser concretizado até “março ou abril”.
O patrão da organização mercenária sustenta mesmo que, ao ter ficado privado, no início de fevereiro, de recrutar mais prisioneiros para as frentes da guerra na Ucrânia, em troca de amnistias, ficou com a estrutura “a sangrar”.O oligarca Yevgeny Prigozhin, à frente do grupo
Wagner, é também proprietário de vários restaurantes e empresas de
catering. Foi já apelidado de “cozinheiro de Putin”.
Num outro vídeo, divulgado pelo canal do Telegram WarGonzo, Prigozhin remete para “março ou abril” a tomada definitiva de Bakhmut, onde as forças russas têm enfrentado uma feroz resistência ucraniana. Para tal, admite, “é preciso cortar todas as rotas de abastecimento” das tropas de Kiev.
Encabeçado pelo democrata Ben Cardin e pelo republicano Roger Wicker, o grupo de legisladores prometeu reintroduzir o diploma intitulado “Responsabilizar Mercenários Russos” (HARM, na sigla em inglês), que ficou por aprovar no cair do pano sobre a anterior legislatura.Os paramilitares do grupo Wagner atuaram já em
África e no Médio Oriente. Prigozhin admitiu ter também participado em
esforços de ingerência nas eleições norte-americanas, criando o que ficou conhecido como
“quinta de trolls” para levar a cabo operações de desinformação na
internet.
O grupo Wagner foi já designado pelo Departamento norte-americano do Tesouro, em janeiro, como organização criminosa transnacional responsável pelo desrespeito generalizado dos Direitos Humanos.
c/ agências
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