Xi Jinping no Cazaquistão para cimeira sobre segurança

por Lusa
Xi Jinping vai falar de segurança no Cazaquistão EPA

O presidente chinês, Xi Jinping, partiu esta terça-feira para o Cazaquistão, onde vai participar na cimeira dos líderes da Organização de Cooperação de Xangai, que conta também com a presença do homólogo russo, Vladimir Putin.

Durante o evento, Xi "vai trocar opiniões com os líderes dos países participantes sobre o aprofundamento da cooperação, bem como sobre as principais questões internacionais e regionais", disse a porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês Mao Ning, em conferência de imprensa, na segunda-feira.

A Organização de Cooperação de Xangai visa a colaboração na segurança regional, na luta contra o terrorismo, o separatismo étnico e o extremismo religioso, e integra China, Índia, Irão, Cazaquistão, Quirguistão, Paquistão, Rússia, Tajiquistão e Uzbequistão.

A Bielorrússia deve tornar-se o 10.º membro na cimeira, em Astana.

Após a reunião, a China vai assumir a presidência da organização até 2025, com o objetivo de "contribuir para a paz duradoura e a prosperidade comum no mundo" e "beneficiar a região", de acordo com Mao.

Em maio, o ministro dos Negócios Estrangeiros russo, Sergei Lavrov, anunciou que Xi e Putin iam reunir-se no Cazaquistão, à margem da cimeira, no segundo encontro em cerca de dois meses, depois da visita do líder russo à China, em meados de maio.

Durante a visita de Putin à China, os dois líderes mostraram consenso sobre questões globais como os conflitos na Ucrânia e em Gaza, distanciando-se das posições ocidentais.

Xi e Putin sublinharam que "uma solução política para a 'crise' na Ucrânia é a direção certa" e apontaram para a "extrema urgência de encontrar uma saída para a situação na Palestina".

Analistas chineses citados pelo Global Times, jornal oficial do Partido Comunista Chinês, afirmaram que o momento da cimeira e o provável encontro entre Xi e Putin são "especialmente oportunos, dadas as mudanças drásticas na situação internacional e a intensificação da contenção e do confronto entre blocos instigada pelos países ocidentais".

"A visita envia uma mensagem ao mundo ocidental de que há muitas vozes das economias emergentes que precisam de ser ouvidas e representadas, e que a tendência dominante da cooperação global não será invertida pela sua obstrução", disse o investigador Zhou Rong, citado pelo jornal.

 

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