O líder da China garantiu estar disposto a trabalhar "pela paz e estabilidade globais", numa mensagem enviada ao homólogo russo com quem trocou felicitações a propósito dos 75 anos de estabelecimento de relações diplomáticas bilaterais.
Na mensagem a Vladimir Putin, citada pela agência de notícias oficial chinesa Xinhua, Xi Jinping enfatizou que a colaboração entre Pequim e Moscovo "não beneficiou apenas os povos chinês e russo".
O aniversário "é uma oportunidade" para continuar a "esforçar-se para fazer novas contribuições para a manutenção da estabilidade e da paz global", disse o líder chinês.
Xi destacou os progressos alcançados na última década, em que "os laços políticos e económicos entre a China e a Rússia fortaleceram a confiança mútua e alcançaram resultados concretos em diversas áreas de cooperação".
O líder chinês enfatizou o papel da China e da Rússia na "promoção de um mundo multipolar mais equitativo e de uma globalização económica inclusiva".
Por seu turno, Putin recordou que a antiga União Soviética foi o primeiro país a reconhecer a República Popular da China, um dia após a sua fundação, a 01 de outubro de 1949.
O Presidente russo sublinhou que as relações entre a Rússia e a China "resistiram ao teste do tempo" e que hoje estão "no auge", de acordo com a Xinhua.
Putin sublinhou que a China e a Rússia "estão empenhadas em promover uma ordem mundial mais justa e equilibrada".
O líder russo manifestou confiança de que o consenso alcançado com Xi nos últimos anos "promoverá a segurança e a estabilidade no continente euro-asiático e à escala global".
Em fevereiro de 2022, pouco antes do início da invasão russa da Ucrânia, Xi e Putin proclamaram em Pequim uma "amizade ilimitada" entre as duas nações.
Desde então que a China e a Rússia têm defendido que a sua relação "não ameaça nenhum país" e que "promove a multipolarização do mundo" por oposição ao que descrevem como a hegemonia dos Estados Unidos.
Pequim, que não condenou a invasão da Ucrânia e demonstrou uma posição ambígua em relação ao conflito, negou ter laços militares com a Rússia, mas solicitou a realização de uma conferência de paz para a Ucrânia "reconhecida por todas as partes" para retomar o diálogo.
Mas os Estados Unidos e a União Europeia acusam regularmente a China de oferecer à Rússia, alvo de sanções ocidentais significativas, um apoio económico crucial para o seu esforço de guerra.
Em 2023, o comércio bilateral entre a China e a Rússia atingiu um nível recorde.
Xi Jinping deverá participar na cimeira dos Brics em Kazan, no oeste da Rússia, este mês, onde deverá reunir-se com Vladimir Putin.
Com quatro membros (Brasil, China, Índia e Rússia) quando foi criado em 2009, o bloco Brics aceitou a adesão da África do Sul em 2010 e expandiu-se este ano para outros países emergentes, incluindo o Egito e o Irão.