O Presidente da China transmitiu hoje "profunda solidariedade" aos Estados Unidos pelo sofrimento infligido pelo consumo e abuso de fentanil.
"Gostaria de vos dizer que a China está profundamente solidária com o povo norte-americano, especialmente com os jovens, pelo sofrimento que lhes é infligido pelo fentanil", afirmou Xi Jinping, num jantar com empresários em São Francisco, que contou com a presença dos presidentes executivos da Tesla e Apple, Elon Musk e Tim Cook, entre outros.
O líder chinês participou no evento depois de se ter reunido, horas antes, com o homólogo dos EUA, Joe Biden, para tentar estabilizar os laços e evitar que a relação bilateral, cada vez mais competitiva, se transforme num conflito aberto.
Na reunião presencial, os líderes das duas nações chegaram a um acordo para travar a produção ilícita de fentanil, opiáceo que mata cerca de 200 norte-americanos por dia.
De acordo com a Casa Branca, a China vai controlar o fluxo para fora do seu território de produtos químicos que os cartéis de droga mexicanos utilizam para fabricar fentanil e vendê-lo ilegalmente nos Estados Unidos.
Pequim não disse especificamente que foi alcançado um acordo sobre o fentanil, na declaração oficial, mas anunciou a criação de um "grupo de trabalho" sobre narcóticos.
Um pedido repetido pelo Governo chinês a Washington é o levantamento das sanções impostas ao Instituto de Ciências Forenses do Ministério da Segurança Pública da China, que se dedica a investigações criminais, incluindo a luta contra os narcóticos, para que possa ajudar na luta contra o fentanil.
Em 2021, o consumo de fentanil resultou na morte de 70.601 pessoas nos Estados Unidos, ou seja, 193 por dia, de acordo o Centro de Controlo e Prevenção de Doenças (CDC) do país.