O Senado, a câmara alta do parlamento dos Estados Unidos, confirmou Matt Whitaker como embaixador norte-americano junto da Organização do Tratado do Atlântico Norte.
A nomeação de Whitaker por parte do presidente Donald Trump foi aceite com 52 votos a favor e 45 contra, numa altura de crescente preocupação sobre o compromisso dos Estados Unidos com a aliança militar.
No início de março, na sua audiência de confirmação, Whitaker garantiu aos senadores que o compromisso da administração dos Estados Unidos com a aliança militar era "inquebrável".
Whitaker, procurador-geral interino no primeiro mandato de Trump, afirmou que uma parte fundamental da sua missão será pressionar os 32 aliados da NATO a cumprir a exigência do presidente republicano de aumentar as despesas com a defesa para 5% do Produto Interno Bruto (PIB).Portugal aquém do desejado
Na quinta-feira passada, o secretário-geral da NATO, Mark Rutte, incentivou Portugal e os Estados-membros ainda abaixo dos 2% do PIB nos seus gastos em defesa a ultrapassar esta fasquia no próximo verão, avisando que a organização precisa coletivamente de muito mais.
Segundo estimativas da NATO relativas a 2024, Portugal apresentava apenas gastos do PIB em defesa de 1,55% e era um dos oito países da organização abaixo dos 2% acordados.
Durante uma visita do secretário-geral da NATO a Lisboa em 27 de janeiro, o primeiro-ministro, Luís Montenegro, afirmou que Portugal está disponível para antecipar "ainda mais" o calendário que prevê que o país atinja um investimento de 2% do PIB em defesa, que estava previsto para apenas ocorrer em 2029.
Durante a campanha para regressar à Casa Branca, Trump afirmou que a Rússia deveria "fazer o que bem entendesse" aos membros da NATO que não cumprissem os objetivos de despesa militar.