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Washington alarga sanções a Teerão numa resposta ao ataque iraniano contra Israel

por RTP
Reuters

Os Estados Unidos decidiram esta sexta-feira alargar as sanções contra os setores petrolífero e petroquímico do Irão em consequência do ataque com quase duas centenas de mísseis que a 1 de outubro visaram território israelita, acaba de anunciar o Departamento do Tesouro.

“Esta decisão reforça a pressão financeira sobre o Irão, limitando a capacidade do regime [de Teerão] de obter receitas dos seus recursos energéticos com vista a minar a estabilidade na região [do Médio Oriente] e atacar parceiros e aliados dos EUA”, refere em comunicado o Departamento do Tesouro.

Os setores petrolífero e petroquímico são assim incluídos numa ordem executiva já existente que visa setores-chave da economia iraniana com o objetivo de retirar ao regime recursos financeiros para o seu programa nuclear e indústria de guerra.

O Departamento do Tesouro acrescenta a estas sanções outras 16 entidades e identifica 17 navios como propriedade bloqueada, apontando o seu envolvimento em transportes de petróleo e produtos petroquímicos iranianos.

O Departamento de Estado procura também por seu lado interromper o fluxo de dinheiro para os programas de armas do Irão e de apoio aos seus proxy (parceiro) e “parceiros terroristas”.

Mais de uma semana depois do ataque do Irão, que é já o segundo este ano a visar o seu território, Israel tem no ar a promessa de uma contra-resposta dura à retaliação de Teerão a 1 de outubro aos ataques israelitas no Líbano e Gaza e ao assassinato de Ismail Haniyeh, o líder do Hamas, no Irão e do líder do Hezbollab, Hassan Nasrallah.

Com a incerteza a cruzar os tabuleiros internacionais e uma crise energética à vista, o presidente norte-americano já avisou Telavive que deverá procurar alternativas ao ataque direto aos campos de petróleo iranianos.

Os países do Golfo estão por seu lado a pressionar Washington para que aperte a rédea a Israel, já que temem que as suas próprias instalações possam vir a ser visadas por proxies de Teerão no caso de uma escalada do conflito na região, segundo fontes ouvidas no Golfo pela Reuters.

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